RepórterMT/Reprodução
Fiocruz cita que lockdown e medidas de restrição do funcionamento do comércio em cidade de SP reduziu número de casos e de óbitos
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou nessa terça-feira (16.03) que a situação do Brasil é “extremamente crítica” em relação ao atual cenário da pandemia do novo coronavírus, o que faz com que o país enfrente o “maior colapso sanitário e hospitalar da história”.
Segundo a Fiocruz, as médias móveis de casos e de óbitos e as taxas de ocupação de leitos UTI Covid-19 para adultos, demostra que neste momento, de forma urgente, “é fundamental ampliar e intensificar conjunto de medidas não-farmacológicas, com medidas de supressão ou bloqueio da transmissão e do uso de máscaras de proteção, como principal medida de controle e redução do número de casos por Covid-19, buscando reverter ou evitar colapsos no sistema de saúde, para reduzir drasticamente os níveis de transmissão e de casos e, consequentemente, o número de mortes evitáveis”.
A instituição apontou que na última o Brasil obteve números recordes de casos e de óbitos pelo vírus (uma média de 71 mil casos diários e 1,8 mil óbitos por dia na última semana).
No documento, a Fiocruz divulgou monitoramento na taxa de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Sistema Único de Saúde (SUS) que apontou ocupação igual ou superior a 80% em 24 estados e no Distrito Federal. Mato Grosso, por exemplo, consta com taxa de ocupação de 95%.
“Ainda que alguns governadores e prefeitos venham realizando esforços no sentido da abertura de leitos de UTI para o atendimento de pacientes com Covid-19, os limites da estratégia frente ao crescimento de casos são postos em xeque ao se constatar a estabilidade da maior parte dos estados e do Distrito Federal em níveis muito elevados de taxas de ocupação dos leitos de UTI Covid-19, assim como o crescimento verificado em outros Estados na última semana”, diz trecho boletim da Fiocruz. Ainda segundo a Fundação, existe uma sobrecarga dos trabalhadores da saúde no que diz respeito ao atendimento das pessoas infectadas, e que isso provoca que estes profissionais se contaminem cada vez mais com a doença. “Além das longas jornadas, do isolamento da família e amigos, do trabalho sob pressão e do medo de adoecer soma-se a preocupação com a falta de equipamentos de proteção individual (EPI) e de materiais críticos para a assistência, que geram forte impacto psicológico”, apontou.
A Fiocruz afirma que em decorrência do “cenário crítico e catástrofe” da pandemia é necessário que prefeitos e governadores adotem medidas mais rigorosas e ações de prevenção e controle continua” citando por exemplo o lockdown medida extrema que já demostrou em locais do país que ajudaram a reduzir o número de casos.
No documento foi citado o lockdown decretado pela Prefeitura de Araraquara em São Paulo – como também medida restritiva de funcionamento do comércio sendo autorizado apenas funcionamento de farmácias e unidades de saúde de urgência e emergência a partir das 12h.
“O município de Araraquara é um dos exemplos atuais de como medidas de restrições (isolamento social e lockdown) de atividades não essenciais podem não só evitar o colapso ou mesmo prolongamento desta situação nos serviços e sistemas de saúde, resultando na redução da transmissão, casos e óbitos, protegendo a vida e saúde da população”.
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