Carina Marchesini e Samira Barbosa, mães de Enzo Marchesini Barbosa, 4 anos, relatam nas redes sociais, os momentos de dor e de luto após a perda do filho no ataque na Escola O Cantinho Bom Pastor, na última quarta-feira (05.04), em Blumenau, Santa Catarina.
Enzo morreu em um ato de ódio, quando um assassino covarde invadiu a creche e atacou as crianças brutalmente com uma machadinha.
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Nas redes sociais, Carina e Samira relatam o luto e recebem apoio de internautas que se solidarizaram com a dor do casal. Em uma das publicações, Carina diz que não sabe mais viver sem o filho, e que ele foi o alicerce da família nos momentos mais difíceis. Enzo foi adotado pelo casal há 1 ano e 4 meses, e esteve presente quando Samira enfrentou um câncer.
Carina também menciona na postagem que fazia pouco tempo que Enzo tinha entendido ter novas mães e uma nova casa, e que se estava se acostumando com essa nova vida.
“Eu não sei como viver mais sem você, não sei. Você estava junto de nós nas batalhas e passamos por elas juntos, com algumas derrotas, mas com várias vitórias, você foi nosso alicerce sempre. Tivemos nossos desafios como família, mas hoje estávamos completos, você tinha entendido que veio para ficar e que aqui é sua casa e que nunca mais sairia dela. Temos mais batalhas para enfrentar bebê e eu sei que daí de cima você vai estar ajudando em todas batalhas e a confortar nossos corações. Dando muita força, porque de verdade eu não sei viver sem você. Te amamos muito, esses 1 anos e 4 meses foram os melhores de nossas vidas. Te amo muito, meu príncipe (SIC)”, escreveu Carina na postagem do Instagram.
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Em entrevista ao Fantástico, Samira revela que um dia antes da tragédia, no dia 04 de abril, descobriu estar com um novo câncer e que precisaria ficar internada na UTI para fazer uma cirurgia. Enzo ficou muito triste por ter que ficar longe da mãe, e no dia 05, dia da tragédia, ele diz que iria sentir muita falta dela. Em relato na rede social, Samira diz que foi a última vez que viu o filho vivo, momentos antes do atentado.
“Dia 04/04 descobri que estava com um novo câncer e que precisaria operar novamente. Neste mesmo dia fui buscar meu filho e contar pra ele que ficaria alguns dias longe pois precisaria ficar na UTI mas que logo logo estaremos pertinho, o que ele disse? Que tudo bem mamãe, vou sentir muita saudade de você. Dia 05/04 pela manhã ele me olhou e falou novamente: vou sentir muita saudade de você, eu falei é rapidinho meu amor, cuida da mãe e da nossa casa por mim. Ele concordou. Entregou as lembranças de páscoa para a professora na porta da escola, deu um abraço e bom trabalho para a mãe Carina. Te amo mamães do tamanho do universo. 05/04 a última vez que vi meu filho vivo. Viva como quem sabe que vai morrer um dia e morra como quem soube viver direito (SIC)”, escreveu Samira.
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Além de Enzo, o ato covarde vitimou Bernardo Cunha Machado, 5 anos, Bernardo Pabest da Cunha, 4 anos, Larissa Maia Toldo, 7 anos, e deixou cinco crianças em estado grave.
A creche Cantinho Bom Pastor atende crianças de até 12 anos. No dia do crime, as professoras protegeram mais de 130 crianças dentro de vários cômodos. No dia da tragédia, uma professora passou mal e teve infarto após ver as crianças atacadas pelo assassino.
Em entrevista ao Fantástico, a professora Franciele Aparecida disse que no dia da tragédia, ela correu para o parque e não se importou se o assassino ainda estava lá. Ela diz que só pensou em salvar as crianças, porque, além de ter familiares que estudam no local, também tem um grande amor por todas as crianças.
“Eu corri para dentro do parque, eu não queria saber se ele estava aqui ou não estava. Eu entrei, porque eu tenho filha, eu tenho neto, eu tenho, eu tenho enteado aqui, entende? E tem as crianças. A gente ama todas elas. Aí eu queria ajudar, fazer alguma coisa”, diz a professora da creche.
Conforme informações do delegado da Polícia Civil, Ronnie Esteves, o assassino tinha esfaqueado o próprio padrasto e um cachorro anteriormente, e tem diversas passagens na polícia por briga em boate e posse de cocaína.
O delegado também conta que o assassino relatou estar sendo perseguido e ameaçado por uma pessoa para que ele praticasse o massacre em uma escola, porém, a polícia já localizou a pessoa e não acredita nessa versão.
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