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Brasil Terça-feira, 12 de Setembro de 2023, 18:00 - A | A

Terça-feira, 12 de Setembro de 2023, 18h:00 - A | A

"diminuir burocracia"

Esposa e filho de Faustão vão à Câmara dos Deputados defender proposta de doação de órgãos

Os familiares do apresentador conversaram com os deputados favoráveis a proposta

Giovanna Bitencourt/VGN

Luciana Cardoso, esposa do apresentador Fausto Silva, o Faustão, e o filho João Silva, estiveram na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (12.09), para defender a doação presumida de órgãos.

Conforme a legislação brasileira, mesmo com o desejo da pessoa de doar os órgãos, em caso de morte, a decisão depende da família, sendo assim, não é possível garantir a vontade do doador.

Contudo, em 2017, o Senado Federal aprovou um projeto de lei que prevê que as famílias não interfiram na retirada dos órgãos de uma pessoa com morte cerebral que tenha manifestado em vida a vontade de ser doadora. O texto está em tramitação na Câmara e pronto para entrar na pauta de votações no Plenário.

Os familiares do apresentador conversaram com os deputados favoráveis a proposta. “Viemos aqui pedir, de uma maneira política, a análise do projeto da doação presumida. Acho que os deputados e senadores vão ter a oportunidade de fazer história no país. Ninguém merece ficar na fila”, afirmou Luciana.

De acordo com a proposta dos deputados, todas as pessoas se tornarão doadoras de órgão, e deve ser possível expressar o desejo de não ser doador. Para isso, a pessoa precisará registrar a manifestação em um documento público de identidade.

A autorização não será presumida para pessoas sem documentos, menores de 16 anos e pessoas com deficiência mental. Nesses casos, a decisão caberá aos familiares.

Para a esposa de Faustão, a proposta irá diminuir a burocracia para os transplantes de órgãos. “A gente acredita que isso facilita e vai facilitar, não só as 60 mil pessoas que esperam um transplante, tirando a burocracia da família”, disse.

João Silva, filho mais velho do apresentador, observou que a repercussão do caso enfrentado pelo pai pode impulsionar a discussão da proposta. “Acho que é o momento. É muito importante o apoio público, da imprensa, para que esse projeto, com urgência, seja votado, que passe pela Câmara e vá para o Senado, com o apoio também do governo federal”, declarou.

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