A deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) afirmou nesta sexta-feira (01.09) que pretende focar em uma agenda ampla para o Brasil, que inclua as necessidades de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Porém, ter que rebater falas criminosas de colegas durante sessões tira o foco do plano real do mandato dela.
"Queremos fazer uma política ancorada nas necessidades do Brasil, não só nas necessidades dos direitos da comunidade LGBTQIA+", disse a deputada em entrevista ao UOL.
Hilton, que com Duda Salabert são as primeiras parlamentares trans eleita para a Câmara dos Deputados, lembrou que os quatro anos de mandato são curtos e que é preciso priorizar as questões mais urgentes.
"Temos quatro anos para colocarmos em prática aquilo que o nosso eleitorado e nós acreditamos que são as necessidades da população", afirmou.
A deputada também criticou as frequentes agressões verbais que ela e outras parlamentares de esquerda sofrem no Congresso Nacional.
"Acho que somos completamente desrespeitadas, agredidas, violentadas e prejudicadas nos exercícios das nossas funções quando temos que mudar o nosso foco para responder práticas violentas e criminosas como essas", disse.
Hilton afirmou que pretende continuar lutando pelos direitos da comunidade LGBTQIA+, mas que também quer trabalhar para melhorar a vida de todos os brasileiros, incluindo os mais pobres e vulneráveis.
Leia Também: Lula lança programa que planeja tirar país do mapa da fome
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).