O ministro da Educação, Abraham Weintraub, utilizou suas redes sociais nessa terça-feira (17.03) para pedir que estudantes universitários da área da saúde retornem às salas de aulas, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. O pedido de Weintraub foi direcionado aos alunos de medicina, enfermagem, fisioterapia e farmácia.
“Alguns governadores, prefeitos, reitores, enfim... gestores de boa fé, escutando o que está acontecendo no mundo, em relação ao coronavírus, se anteciparam e suspenderam as aulas. Só que eu preciso dos estudantes de medicina, enfermagem, fisioterapia e farmácia de volta às aulas”.
Para o ministro, a suspensão das atividades dos departamentos de saúde das universidades precisará ser revista. O objetivo, segundo ele, é reforçar o enfrentamento ao Covid-19. “Eu preciso que vocês revejam a suspensão dos departamentos de saúde, não somente dos professores, dos alunos, mas também dos técnicos, secretárias e pessoal do escritório. Para que nós consigamos acionar esses alunos, caso necessário, para que eles nos ajudem a enfrentar e assistir os brasileiros que ficarem doentes”, completou.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) se manifestou contra o pedido do ministro a favor da suspensão das aulas, considerando a atual situação do país. Em sua resposta, a UNE ainda relembrou uma fala do ministro dizendo que as universidades públicas eram responsáveis por promover “balbúrdias”. A declaração foi dada ao Estado, em abril do ano passado.
“Antes era Balbúrdia, agora pede socorro aos estudantes. Temos orgulho e agradecemos a todos e todas estudantes que estão se dedicando nos hospitais universitários, plantões e nas residências. Mas as aulas têm que ser suspensas. TODAS. Pela nossa saúde!”, publicou a União.
Vale lembrar que, devido à pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Educação publicou, nesta quarta (18), uma portaria no Diário Oficial da União (DOU) autorizando a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais nas universidades brasileiros, durante 30 dias.
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