O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, prestou esclarecimentos nesta terça-feira (22.10) à Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado Federal, acerca das denúncia de candidaturas-laranja de mulheres no PSL de Minas Gerais.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), responsável pela convocação de Marcelo Álvaro, foi quem iniciou as perguntas.
Quanto aos contratos firmados, durante campanha, com uma empresa pertencente a seu ex-assessor e que teve suas atividades encerradas posteriormente, Marcelo explicou que a empresa era especializada em marketing político e, além do PSL, candidatos de outros partidos também a contrataram.
Uma das candidatas a deputada estadual pelo PSL, Zuleide Oliveira, acusou Marcelo Álvaro de ter pedido de volta, pessoalmente, dinheiro público do fundo partidário. Em justificativa, o ministro afirmou que no dia em que Zuleide esteve na sede do partido, ele estava em Caxambu (374 km de Belo Horizonte, capital do Estado).
Outra acusação contra o ministro envolve a candidata a deputada estadual Cleuzenir Barbosa que, ainda durante campanha eleitoral, registrou um boletim de ocorrência, onde afirmou que dois assessores de Marcelo Álvaro cobraram a devolução de R$ 50 mil do valor repassado pelo fundo partidário.
Em relação a isso, o ministro alegou que a candidata se voltou contra ele pois, após ter perdido o pleito eleitoral de 2018, ela passou a pedir empregos para seus familiares, no entanto, esses foram negados. Ainda, segundo Marcelo, em um dos áudios que Clauzenir mandou a ele, ela dizia estar em frente a uma delegacia, ameaçando fazer “um estrago” caso não conseguisse a vaga de emprego que queria.
Randolfe Rodrigues quis saber, ainda, a respeito de um posicionamento da deputada Soraya Manato (PSL-ES) que, em Plenário da Câmara, admitiu o uso de laranjas pelo PSL, no entanto, afirmou ainda, que a maioria dos candidatos do partido foram eleitos de maneira honesta. Quanto a isso, Marcelo justificou dizendo que a declaração da deputada pode ter sido em relação a outros Estados, já que, segundo ele, em Minas Gerais não houveram candidaturas-laranja.
Durante seu depoimento, o ministro negou as acusações e afirmou que todos os candidatos às eleições 2018 pelo PSL de Minas realizaram campanhas políticas.
O senador Angelo Coronel (PSB-BA) partiu em defesa do ministro e declarou que as denúncias feitas contra ele são sensacionalistas e tratam de “acusações infundadas” realizadas por pessoas insatisfeitas com os resultados das eleições 2018.
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