O policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, será indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e perigo comum pela morte do tesoureiro do PT, Marcelo Aloizio de Arruda, ocorrida no último domingo (10.07) durante seu aniversário em Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná. A informação foi revelada pela delegada chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Cecconello, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (15.07).
Guaranho, que também foi baleado e está internado em estado grave em uma unidade de saúde - , será ouvido depois que apresentar melhora no seu quadro de saúde. Na última segunda-feira (11.07), a Justiça do Paraná determinou a prisão preventiva do policial penal.
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Na coletiva nesta sexta (15), a delegada Camila Cecconello disse que por meio da análise das imagens das câmeras de segurança e depoimentos das testemunhas, levou a conclusão do inquérito policial em que se verificou que Guaranho soube da festa temática do PT em churrasco através de um amigo que teve acesso às imagens.
Segundo ela, posteriormente o policial penal foi ao local da festa de Marcelo Arruda ouvindo música temática do presidente Jair Bolsonaro (PL) e iniciou uma discussão com o tesoureiro do PT e outros participantes da festa.
“Foi possível verificar que antes da troca de tiros, Marcelo e Jorge a todo momento falavam abaixa a arma, abaixa a arma. (...) Jorge efetuou os primeiros disparos, e depois a vítima revidou acertando o autor”, contou a delegada.
Cecconello declarou que nos autos não existe provas suficientes para comprovar que o assassinato foi por crime de ódio em decorrência da vítima ser petista. “Nos autos, com depoimento da mulher do Guaranho foi possível verificar que o crime foi motivado pelo sentimento de ter sido humilhado. Ela contou que a vítima, na discussão, jogou pedra no carro que quase a atingiu e o seu filho. Então ele voltou por ter se sentido ofendido. Não há elementos que leva a cometimento do crime de ódio”, garantiu.
Ela ainda acrescentou: “A gente avalia que o autor foi no local apenas para provocar a vítima. Depois com a discussão que ocorreu o crime. Então avaliamos que ele em nenhum foi no local para cessar os direitos políticos ou de opinião da vítima. Então não temos elementos suficientes para apontar que o crime teve motivação política”.
A delegada descartou ainda a possibilidade de o policial penal ter premeditado o crime, e disse que eles não se conheciam antes da confusão. “Ele só voltou no impulso. Ele se sentiu ofendido e voltou”, negando a necessidade de reconstituição do crime.
Ainda segundo ela, as agressões sofridas por Guaranho, quando estava baleado ao chão, também serão apuradas.
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