O sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), Manoel Silva Rodrigues, que foi condenado por tráfico de 39 kg de cocaína, teria transportado o entorpecente pelo menos em sete viagens oficiais antes de ser preso na Espanha, em junho de 2019, enquanto viajava como parte da tripulação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A informação é do UOL.
Segundo a publicação, mensagens obtidas pela Polícia Federal, no âmbito das investigações, apontam ainda que o esquema continuou com a participação de outros militares brasileiros, mesmo depois da prisão do sargento.
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“Em todas as sete viagens oficiais em que a investigação aponta que houve tráfico, o sargento trocou mensagens cifradas com a mulher Wilkelane Nonato Rodrigues que indicam sucesso na empreitada criminosa. Foram quatro voos domésticos (São Paulo e Recife) e três internacionais com escalas na Espanha, onde a droga era entregue”, diz trecho da mensagem constante no inquérito divulgado pelo portal.
Sobre o caso
Rodrigues foi preso em junho de 2019, em Sevilha, na Espanha. Ele transportava 39 quilos de cocaína pura em um voo da comitiva presidencial.
Em fevereiro do ano passado, durante julgamento no Tribunal de Sevilha (Espanha), o militar aceitou cumprir seis anos de prisão por tráfico internacional de drogas, e também o pagamento de multa de 2 milhões de euros, o equivalente a R$ 9,5 milhões de reais.
No julgamento, Rodrigues também deu detalhes sobre a operação e que tinha sido “a primeira e única vez na vida” que “fez de forma equivocada uma coisa dessas”. “Passava por dificuldades econômicas. Estou na Aeronáutica há 20 anos e nunca tive nenhum caso, mas um militar no Brasil não tem um bom salário. Sempre compro coisas nas minhas viagens, como celulares e vendo para ganhar algo extra”, contou na época o militar.
Em março deste ano, a Polícia Federal chegou a prender esposa de Rodrigues, Wikelaine Nonato Rodrigues, e outros três militares por suposta participação no esquema de tráfico internacional de drogas. Segundo a investigação, ela desapareceu com R$ 40 mil e um celular que o sargento usava para se comunicar com o grupo criminoso.
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