Antonio Cruz
"Ninguém vive no Palácio dizendo o que eu tenho ou não que fazer", disse se referindo às críticas de que seus filhos atrapalham seu Governo.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) declarou que possivelmente irá deixar seu atual partido, o PSL, e pretende criar nova sigla até março do próximo ano. “80% [de chance] para sair e 90% para criar um novo partido que vai começar do zero, sem televisão, sem fundo partidário, sem nada”. A declaração foi dada durante entrevista exibida na noite de ontem (03.11) pelo Domingo Espetacular.
O objetivo de Bolsonaro é colher assinaturas de forma eletrônica junto ao eleitorado, para que o partido fosse criado até março de 2020. “Eu teria aí, dos quase 6 mil municípios, talvez umas 200 candidaturas pelo Brasil. Eu ficaria feliz com isso porque teria como escolher, realmente, de fato, quem concorreria àquela Prefeitura”.
Bolsonaro comentou também acerca da declaração de seu filho 03, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), sugerindo a volta do Ato Institucional nº 5 (AI-5). Segundo ele, a fala do deputado foi “infeliz”, no entanto, ele acredita que a repercussão foi potencializada pela mídia. “O pessoal aproveita e tudo que a gente [família Bolsonaro] faz potencializa”.
Por fim, o presidente comentou sobre críticas dizendo que seus filhos políticos têm atrapalhado seu Governo, Bolsonaro negou qualquer envolvimento do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) e do deputado federal Eduardo, na condução do seu mandato.
“Muito pelo contrário, eles têm me ajudado muito a identificar pessoas que não estão na nossa linha, acontece. Algumas exonerações foram feitas no passado, o trabalho que um ou outro faz, orienta, é nesse sentido. Ninguém vive no Palácio dizendo o que eu tenho ou não que fazer. Dizem sim projetos, propostas e também quem está fora da curva”.
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