O dólar opera em alta e a Bolsa em queda no início do pregão desta sexta-feira (20), com as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionando a meta de inflação atual, e rumores de que o governo pretende iniciar uma mudança de perfil na diretoria do Banco Central.
Às 11h15, o Ibovespa opera em baixa de 0,81%, aos 112.006 pontos. O dólar comercial à vista subia 1,04% ante o real, para R$ 5,223.
Os juros subiam no mesmo horário, com mais intensidade nos vencimentos mais longos. Os contratos para 2024 tinham alta de 13,48% ao ano no fechamento desta quinta-feira (19) para 13,51%. No vencimento para 2025, a taxa subia de 12,61% para 12,74%. Para 2027, os juros avançavam de 12,53% para 12,75%.
Nesta quinta-feira, os investidores já haviam reagido às críticas do presidente Lula sobre a independência do Banco Central e às metas de inflação, feitas na noite de quarta-feira (18). Mas as declarações do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negando qualquer predisposição do governo de mexer no BC, deu fôlego à Bolsa e diminuiu o ritmo de alta do dólar.
No início desta sexta-feira, com a continuidade do tom crítico do presidente Lula às políticas de juros do BC, os investidores elevam a cautela. Em seu relatório matinal, a Guide Investimentos cita os rumores de que o governo quer "mudar a cara" do Copom (Comitê de Política Monetária) a partir da substituição de Bruno Serra, diretor que deixará o cargo em fevereiro.
A Mirae Asset afirma que a intervenção do ministro Padilha ontem não teve efeito prático. "Lula, com a verve afiada, segue reclamando da meta de inflação, que pela leitura dele, está muito baixa para o contexto atual", diz a corretora em relatório.
Entre as ações, hoje é o último dia de negociação da ação ordinária da Americanas como parte do Ibovespa. Às 11h10, o papel subia 17%, cotado a R$ 1,17, e estava em leilão. Ontem, a ação fechou o dia valendo R$ 1,00, depois de realizar o pedido de recuperação judicial.
Nesta quinta (19), a Bolsa fechou em alta impulsionada pela Petrobras, e também após o ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negar que o governo tenha predisposição de mexer na independência do Banco Central, o que levou dólar e juros a fecharem mais perto da estabilidade.
O Ibovespa fechou em alta de 0,62%, aos 112.921 pontos. O dólar comercial à vista fechou com avanço de 0,15%, a R$ 5,169, depois de atingir R$ 5,25 na máxima do dia.
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