Um grupo de 33 deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolaram nesta quarta-feira (29.03) um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O movimento ocorre às vésperas da volta de Bolsonaro ao Brasil após três meses nos Estados Unidos.
No pedido protocolado os deputados acusam o presidente dos seguintes crimes de responsabilidade:
Ameaça à autoridade do Legislativo, Lula disse querer “foder” o então juiz da Lava Jato Sergio Moro (União) enquanto esteve preso;
Ataque às instituições de combate à corrupção, Lula disse que a operação que tentou matar autoridades, incluindo Moro, seria uma “armação” do senador;
Ingovernabilidade, os deputados alegam que o comportamento do presidente causa “instabilidade” ao país.
A deputada Federal por Mato Grosso Amália Barros (PL), em postagem no seu perfil do Instagram, justifica que assina o pedido em nome de todos os mato-grossenses. Segundo ela, esse tipo de declaração desestabiliza o país e fere o princípio básico de impessoalidade da administração pública.
“Assino esse pedido em nome de todos os mato-grossenses. Quando falou que queria fod... o senador Sérgio Moro, e que está no Governo para "se vingar dessa gente", Lula cometeu crime de responsabilidade por ameaça e coação a um representante da nação. Crime que é previsto na nossa Constituição”, escreveu ela.
“Esse tipo de declaração desestabiliza o país, porque mancha de ódio e personaliza todas as decisões do Chefe de Estado e de Governo brasileiro, ferindo os princípios básicos de impessoalidade da administração pública e demonstrando um flagrante desvio de função”, finaliza.
Outros pedidos
Além desse pedido, há na Câmara dos Deputados mais seis pedidos de impeachment contra Lula . Metade desses pedidos contra o presidente foi motivada por declarações públicas do petista. O último deles, protocolado na quarta-feira (22/03) pelo deputado Bibo Nunes (PL-RS) cita também a declaração de Lula de que, quando estava preso, queria “foder” o ex-juiz e agora senador Sérgio Moro.
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