Escolas de ensino público e privado de todo o País podem incluir conteúdo sobre combate à violência contra a mulher em suas disciplinas. A ideia é proposta no projeto do Lei do deputado Federal Emanuel Pinheiro Neto (PTB-MT) que foi aprovada na Câmara dos Deputados, em Brasília.
“Esse é um projeto importantíssimo, tendo em vista que a cultura da violência contra a mulher é algo muitas vezes enraizado. Isso faz com que o próprio indivíduo, desde muito cedo, acredite que tem o poder de definir o que é e o que não é violência. A educação pode mudar esse cenário”, defendeu Emanuel Pinheiro Neto.
A proposta foi elaborada a quatro mãos com estudantes do 7º ano de Mato Grosso e coordenada pelo juiz Jamilson Haddad. O projeto, caso sancionado, criará a Semana de Combate à Violência Contra a Mulher.
O Brasil ocupa hoje o 5º lugar no ranking de feminicídio e violência contra a mulher. Por outro lado, também é a nação considerada mais avançada em legislação de proteção e defesa da mulher. É com base nessa contradição, que o parlamentar defende que a educação é uma das únicas maneiras de conscientizar e mudar posturas violentas.
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“A educação é talvez uma das maneiras mais eficazes que temos de entrar na casa dos brasileiros. Informando, ensinando e mostrando que a violência contra a mulher está presente na realidade brasileira, ainda que muitos neguem. Acontece de diversas formas e atinge diferentes classes sociais, credos e grupos econômicos”.
MANDATO EM DEFESA DA MULHER
Emanuel Pinheiro Neto é membro da Comissão de Defesa da Mulher e desde o início do mandato, tem destinado parte das emendas para a causa, como o envio de R$1,5 milhões para construção da Casa da Mulher Brasileira, na capital Cuiabá.
“A Casa da Mulher Brasileira é um dos programas mais importantes do governo e felizmente conseguimos ajudar a capital a tirar o projeto do papel. Em breve, as mulheres, filhos e até os pets dessas famílias que passaram por violência poderão ser acolhidos, assistidos e ganhar uma nova oportunidade de vida na unidade de Cuiabá”, concluiu.
O projeto que muda a grade curricular dos alunos segue para aprovação no Senado Federal.
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