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Brasil Quinta-feira, 01 de Agosto de 2019, 17:22 - A | A

Quinta-feira, 01 de Agosto de 2019, 17h:22 - A | A

Alteração

Após dizer que Comissão da Verdade é falha, Bolsonaro substitui quatro membros do comitê

Sarah Mendes/VG Notícias

Reprodução Twitter

Jair Bolsonaro

 Presidente Jair Bolsonaro

Após dizer que a Comissão da Verdade não é confiável por ser composta por sete pessoas indicadas pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) juntamente com a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, substituíram quatro integrantes da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Entre os novos membros estão militares e integrantes do Partido Social Liberal.

De acordo com o documento, Marco Vinicius Pereira de Carvalho, advogado filiado ao PSL, será o novo presidente da Comissão Especial e substituirá Eugênia Augusta Gonzaga Fávero. O coronel reformado do exército, Weslei Antônio Maretti, irá substituir Rosa Maria Cardoso da Cunha. O oficial do exército, Vital Lima Santos ocupará o lugar do coronel da reserva e ex-deputado João Batista da Silva Fagundes. Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro, parlamentar do PSL, tomará o posto do deputado federal Paulo Roberto Severo Pimenta (PT-RS).

A decisão ocorreu dias após Bolsonaro dizer à imprensa que, se Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tivesse curiosidade em saber como seu pai, Fernando Santa Cruz, morreu durante o período da ditadura, ele contava. “Se um dia o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar eu conto para ele”.

Segundo o presidente do Brasil, Fernando Santa Cruz foi morto pelo grupo de Esquerda, Ação Popular (AP) do Rio de Janeiro e não pelos militares. De acordo com Bolsonaro, em transmissão ao vivo na sua página do Facebook, “é muito fácil culpar os militares por tudo que acontece”.

Em contrapartida, a Comissão da Verdade disse que Santa Cruz foi, na verdade, assassinado por agentes da ditadura. O relatório diz ainda que Fernando foi “preso e morto por agentes do Estado brasileiro”.

Em justificativa, o atual presidente disse que "o motivo é que mudou o presidente, agora é o Jair Bolsonaro, de direita. Ponto final. Quando eles botavam terrorista lá, ninguém falava nada. Agora mudou o presidente. Igual mudou a questão ambiental também", afirmou.

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