Com a terceira economia do estado, a cidade de Várzea Grande integra a lista dos 100 municípios brasileiros mais populosos e com as mais altas taxas de vulnerabilidade socioeconômica, encontra-se atualmente na posição 73º, índice esse publicado pela FNP - Frente Nacional dos Prefeitos na edição, 2015, estudo que tem como objetivo, trazer a reflexão e um debate público para as necessidades de um tratamento específico a essas cidades, fazem parte dessa lista, municípios como, Salvador (BA), São Gonçalo (RJ), Santarém (PA), Jaboatão dos Guararapes (PE), Macapá (AP), Aparecida de Goiás (GO), em nosso estado, Cáceres também integra esse time.
Os Municípios do G100 representam cerca de 12% da população do país, e geograficamente, estão localizados em regiões metropolitanas à margem de grandes centros ou como cidades polos de regiões economicamente deprimidas, esses indicadores tem despertado a órgãos governamentais e ao próprio grupo a necessidade de ajustarem e intensificarem políticas de compartilhamentos de ações no sentido de amenizar e solucionar as causas que levam essas cidades a viverem no atraso estrutural e de realidade econômico social muito fragilizada.
Uma das principais políticas e imediatas atitudes a serem tomadas para corrigirmos esse contraste seria uma reforma na direção de modernizarmos as regras que tratam da repartição FPM e da participação do ICMS, que vem desprezando a lógica da população e considerando apenas o perfil econômico, em nosso estado o desprezo a esse critério ainda e mais gritante, que historicamente vem reduzindo a importância do critério população.
Retornando a realidade da nossa Várzea Grande, evidenciamos relevante vulnerabilidade social não sendo necessários estudos pormenorizados, os efeitos tem seu reflexos nas altas taxas de desemprego, subemprego, violência, e no subdesenvolvimento geral a que a cidade esta mergulhada, pois enquanto municípios agrícolas geram riquezas e divisas, a nossa cidade ao longo dos anos vem semeando erros históricos nas administrações, que desprezam o desenvolvimento e a produção e miram em gestões que somente alardeavam intenções e dispensam os resultados, inevitavelmente não poderiam colher nada de diferente ao que vem colhendo, economia fraca, PIB reduzido, com dificuldade em atrair produção que propicie ter sua capacidade de arrecadação ampliada.
Enquanto assistimos da segunda classe, cidades alavancarem seus índices de desenvolvimento com a instalação de novas indústrias, voltando às ações ao planejamento e na correção das distorções resultantes da falta de infraestrutura, auxiliada pela união de forças políticas e econômicas, já a nossa cidade mesmo sendo o portão de entrada de 70% do PIB do estado, pois o aeroporto e o entroncamento das BRs que dão acesso ao norte e ao oeste passam por aqui, poucos tomam conhecimento que estão passando em solo Várzea-grandense, não aproveitamos em nada esse potencial, pois uma simples placa informativa não teve a honra em instalar nesses pontos, imagine ações mais representativas. O nosso tempo tem sido gasto e muito mal gasto, apenas com politicagem ou debates improdutivos e pequenos desassociados das necessidades e da oportunidades real que nossa cidade demanda.
Precisamos olhar com atenção para frente, a nossa cidade é viável, aproveitar das lições dos fracassos e buscarmos modernidade e união, partirmos para uma política desenvolvimentista e de interesses em prol do resgate da história e cultural da cidade, finalizo com o pensamento de Samuel Taylor que bem emoldura o nosso momento, “Se os humanos pudessem aprender da História — que lições ela nos ensinaria! Mas Paixão e Partido cegam os nossos olhos, e a luz da Experiência é uma lanterna na popa que ilumina apenas as ondas atrás de nós!”.
LUIS FERNANDO BOTELHO FERREIRA- servidor público da Prefeitura de Várzea Grande
Brasil unido pelo Rio Grande do Sul
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).