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Artigos Domingo, 05 de Abril de 2020, 16:50 - A | A

Domingo, 05 de Abril de 2020, 16h:50 - A | A

Frankes Marcio Batista Siqueira*

Tecnologia e Educação

por Frankes Marcio Batista Siqueira*

A pandemia tomou conta de todos os rincões do planeta, causa incertezas sociais, econômicas e emocionais. O distanciamento social é a saída para minimizar a letalidade viral.

Os efeitos econômicos têm sido nefastos, e a tecnologia tem nos “dado uma luz”, pois proporciona seu espaço digital, que é cada vez mais presente dentro das atividades laborais, por isso dizemos que vivemos em uma “sociedade em rede”. A referida expressão foi cunhada pelo sociólogo espanhol Manuel Castells ainda na década de 1970 e faz referência sobre o impacto que as tecnologias proporcionam na sociedade e na economia. Em seus estudos Castells percebeu que a presença digital é cada vez mais relevante nas relações sociais.

No entanto um setor que as tecnologias digitais avançaram a passos lentos foi na sala de aula, porque “a grosso modo” as salas de aula de nossos filhos mudaram muito pouco em relação as salas de aula dos nossos avós, os incrementos digitais na Educação Brasileira são muito limitados, isto se deve a escolhas. O modelo educacional na educação básica avançou muito pouco com a tecnologia, mas apesar disto nós tentamos e fomos limitados.

Costumo dividir o Ensino a Distância (EAD) no Brasil como forma de aprendizagem em pelo menos em três gerações: o ensino por correspondência muito utilizada no ensino técnico, a segunda geração foi a teleducação que são os programas televisivos com aulas expositivas chamadas de telecursos e a terceira e atual geração que consiste em ambientes interativos com a eliminação do tempo fixo para o acesso à educação. As plataformas virtuais possibilitam uma relação de telepresença entre alunos e professores. Essa terceira geração de aprendizagem atingiu principalmente o ensino superior no Brasil, pois hoje 20% das matrículas no ensino superior e um percentual ainda maior quando falamos de cursos livres já estão nessa modalidade de ensino, e a tendência é aumentar progressivamente.

A Covid -19 popularmente chamada de coronavírus tem forçado o distanciamento social e, por conseguinte fomos levados pela circunstância a uma educação domiciliar no ensino infantil, fundamental e médio. Essa forma de ensino tem causado grande instabilidade nos pais que aprenderam que “criança aprende na escola” e agora precisam entender que as nossas casas se tornaram as salas de aula. Essa reinvenção do modo de aprender é um desafio para organizações públicas e privadas que aumentaram seus custos, pois terão que se reinventar, e fazer uma mudança brusca, não esperada e não planejada.

Para pais e também para nós professores que precisamos nos adaptar mais do que nunca a interagirmos e nos familiarizarmos com os meios disponíveis como os chats, fóruns de discussão, plataformas virtuais que possibilitam uma interação multidirecional entre professores e alunos. E devemos considerar, que está situação nos levará a um novo paradigma: precisamos aprender que não há distância que nos separe do conhecimento. Tenhamos fé e paz para passar e aprender com este momento.

*Frankes Marcio Batista Siqueira é doutor em Cultura contemporânea e professor

 

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