O presidente do Partido Verde de Várzea Grande, Luiz Antônio, em entrevista exclusiva ao VG Notícias, desmentiu o suplente de vereador do PV, Oneir Brito – conhecido como missionário Brito -, e afirmou que a assinatura na denúncia que pediu o afastamento da prefeita Lucimar Campos (DEM) é do missionário.
Na sexta-feira (04.03), Brito procurou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e denunciou falsificação da sua assinatura no documento, e garantiu que não teria protocolado nenhuma denúncia contra a Democrata na Câmara Municipal por improbidade administrativa.
Porém, ao VG Notícias, Luiz Antônio disse que ficou estarrecido quando viu na mídia a negação de missionário Bispo e que tem testemunhas que foi ele quem assinou o documento que pedia o afastamento de Lucimar.
“Sinceramente eu não entendi. Foi ele quem assinou a denúncia, inclusive, ele acompanhou e leu todo o processo. Ele assinou na quarta-feira mesmo, no dia que a denúncia foi protocolada na Câmara” declarou o presidente do PV ao revelar que a denúncia foi assinada no escritório do também suplente de vereador Charles Caetano (PR).
Segundo Luiz Antônio, a ideia de protocolar denúncia contra Lucimar partiu de uma conversa informal, com o missionário Bispo.
“Conversávamos informalmente sobre a roubalheira em Várzea Grande, comentei que alguém tinha que denunciar, se eu não fosse presidente de partido eu denunciaria, foi então que ele falou não eu faço isso. Daí começou a conversa e ele topou” declarou ao voltar a garantir que missionário Brito leu toda a denúncia e tinha conhecimento das acusações contra Lucimar, inclusive do pedido de afastamento da Democrata. “Ficou mais de duas horas lendo” complementou.
O presidente do PV ainda disse ao VG Notícias que na sexta-feira, antes de procurar o Gaeco, Brito teria o procurado para pedir quase R$ 2 mil para cobrir um cheque que teria votado duas vezes e que iria cair novamente.
Conforme ele, na hora não viu maldade, nem cogitou que poderia ser uma “cobrança” por ter assinado a denúncia. “Ele nos procurou e disse que precisava de um dinheiro, pois, tinha que cobrir um cheque. Falei para ele que não tínhamos dinheiro, ninguém deu dinheiro, mas agora pensando, pode ter sido uma cobrança mesmo, por ele ter assinado a denúncia”, disse.
Luiz Antônio disse que a executiva do PV irá se reunir para decidir quais medidas irão tomar. “Nossa atitude é esclarecer a verdade. Com toda a certeza a assinatura é dele” reafirmou.
Ao finalizar, o presidente do PV disse que desde sexta a tarde não consegue falar com missionário Brito, segundo ele, os dois números de celulares dele constam como desligado ou fora da área de serviço.
Posicionamento da Câmara - Sobre a acusação do missionário, de que vereadores teriam falsificado sua assinatura, o presidente da Câmara, Jânio Calistro (PMDB) disse que recebeu o documento que denunciava e pedia o afastamento da prefeita que estava com protocolo da Câmara e na condição de presidente da Mesa Diretora levou a apreciação dos colegas vereadores.
“Não vou prevaricar, se houve mesmo a falsificação alguém terá que ser punido. A Câmara apenas recebeu a denúncia e leu como manda o Regimento Interno da Casa”,
Vale destacar que o VG Notícias teve a informação no período da manhã, de que o evangélico iria denunciar os 13 vereadores ao GAECO e dizer que não tinha assinado o documento apresentado na Câmara de Vereadores. Nossos repórteres ligaram duas vezes ao missionário.
Na primeira ligação, um pouco antes do meio dia, ele disse que não podia falar sobre o assunto, pois estava pilotando uma moto. Na segunda ligação, ele disse para a reportagem ligar depois de uma hora que ele falaria sobre o caso, no entanto, todas as ligações feitas para o telefone celular do evangélico caíram direto na caixa postal.
Conforme protocolo do Ministério Público Estadual em Várzea Grande a denúncia foi feita depois das 16 horas (ver hora certa do protocolo).
A reportagem do VG Notícias teve a informação que ex-senador Jaime Campos tinha estado em alguns poderes do Estado pedindo providências sobre a atuação de alguns vereadores de Várzea Grande, no entanto, não foi possível a confirmar tal informação.
Entenda – Oneir Brito procurou o Gaeco para denunciar que seu nome teria sido usado de forma indevida e fraudulenta em denúncia que pedia o afastamento da prefeita Lucimar Campos. No órgão, ele garantiu desconhecer a denúncia.
O fato curioso, é que a negativa ocorreu somente na sexta-feira, ou seja, na quinta a denúncia contra Lucimar já tinha ganhando uma grande proporção e divulgação na mídia, mas, o missionário resolveu desmentir sua assinatura somente na sexta.
Ainda, a denúncia de Brito no Gaeco, é contra os 13 vereadores que votaram pelo afastamento de Lucimar, e não contra quem protocolou o documento no legislativo. “Venho a esta autoridade ministerial, GAECO, representar os 13 (treze) vereadores que votaram pelo afastamento da prefeita, possíveis suspeitos, para que os mesmos sejam investigados por terem falsificado minha assinatura” relata.
Os 13 vereadores são: Jânio Calistro, Miguel Baracat, Valdir Bento, Mirian Pinheiro, Fábio Saad, Kalil Baracat, Joaquim da Alameda, Pedrinho Tolares, Ivan do PT, Maninho de Barros, Wanderley Cerqueira, Leonardo Mayer e Moacir Barbosa.
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