A saída do presidente da Assembleia de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho, do União Brasil parece ser um caminho sem volta. Seu esforço em viabilizar uma candidatura à Prefeitura de Cuiabá dentro do partido não tem surtido efeito. O governador Mauro Mendes não tem escondido sua preferência por Fábio Garcia, tornando evidente a falta de espaço para Botelho dentro do União. Mas caso isso aconteça, qual será o melhor caminho para o deputado?
Botelho não tem escondido sua insatisfação com essa situação, diante disso vários convites de outros presidentes de partidos têm chegado a ele, oferecendo uma nova casa política para sua aspiração de se tornar prefeito da capital. Contudo, a decisão de Botelho, de trocar de partido, não é tão simples assim. Ele precisa evitar certas opções para garantir o sucesso de seu projeto político.
Assim, o principal desafio para Botelho está na escolha do novo partido. Pois muitos líderes partidários reconhecendo seu capital político e percebendo a instabilidade interna no União Brasil, vislumbram uma oportunidade de atrair Botelho para suas fileiras. No entanto, o deputado deve agir estrategicamente para evitar futuros conflitos.
Dentre os partidos que se ofereceram para viabilizar o projeto de Botelho estão O Partido Progressista (PP) e o Republicanos. Embora eles ofereçam uma boa estrutura política, devem ser riscados da lista de opções de Botelho. Pois esses partidos têm estado em diálogo em nível nacional com o União Brasil, com o objetivo de formar uma federação.
Caso essa federação seja consolidada, ela terá a capacidade de lançar apenas um candidato nas eleições municipais. Desta forma, se o deputado se filiar ao PP ou ao Republicanos, ele e Garcia estariam na mesma federação, e correria o risco de acabar novamente em rota de colisão com Garcia, que provavelmente seria o escolhido para representar a federação nas eleições em Cuiabá.
O deputado tem até abril para se filiar a um novo partido para disputar as eleições em outubro, porém, sua decisão, precisa ser baseada em uma análise cuidadosa das alianças políticas em jogo e das futuras dinâmicas partidárias. Além disso, Botelho deve buscar garantias e apoio dentro do novo partido, assegurando uma base sólida para sua campanha.
Carlos Oliveira - Jornalista, Publicitário e Mestre em Comunicação
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