por Juacy da Silva*
Amigos, amigas e parentes. Estamos prestes a terminar mais um ano, mais um passo em nossas caminhadas, para alguns, ainda curta, já para outras, bastante longa, bem além da metade do percurso, mais próximos da linha de chegada.
Sabemos que a linha do tempo é continua, cada dia é um novo dia, com suas surpresas, suas bênçãos, suas conquistas, vitórias, derrotas e seus desafios. Mas, simbolicamente imaginamos que a vida é feita de ciclos e cada ano faz parte desses ciclos contínuos.
No imaginário popular ou na consciência coletiva, muitas superstições e ideias mágicas povoam o futuro. Muita gente imagina que o novo ano depende da cor da roupa a ser usada, com quem estiverem próximo, com as oferendas de flores, comidas e outros ornamentos oferecidos as divindades, enfim, imaginam que o nosso futuro depende de tantas ideias e simbolismo utilizados.
O mais importante é que saibamos que o nosso futuro não é apenas decisão, vontade ou esperanças individuais, o futuro, diferente do que imaginamos ou acreditamos, como alguns costumam dizer “o futuro a Deus pertence”, o futuro é a conjugação de inúmeros fatores locais, regionais, nacionais e internacionais, inclusive fatores ligados `a natureza, os quais pouco controlamos e também, é claro, de nossas escolhas, nossas ações ou omissões.
Por isso, costuma-se dizer que o futuro é como um rio cujo curso é sempre continuo e que mesmo represado segue o seu destino que pode ser outro rio, um lago ou o oceano, onde e quando as águas se misturam e formam as marés, as ondas, os furacões e assim influenciam o clima, o regime de chuvas, ou seja, o futuro individual dilui-se no futuro coletivo, quer queiramos ou não.
Que o nosso futuro coletivo ou individualmente possa ser melhor a cada dia, durante o próximo ou os próximos anos. A quem esteja desempregado desejo emprego; a quem esteja doente, acamado ou hospitalizado desejo saúde e bem estar; a quem esteja passando fome que tenha acesso a comida; a quem estiver sendo submetido/submetida a violência doméstica ou qualquer outro tipo de violência que consiga libertar-se deste ciclo de desrespeito e medo; a quem estiver sendo vítima de injustiça ou tendo seus direitos fundamentais desrespeitados que consiga justiça e justiça social; a quem estiver com problemas emocionais que consiga paz interior e a quem estiver com baixo astral que volte a ter esperança, quem estiver abandonado, vivendo nas ruas ou em habitações sub-humanas que consigam um lar e moradia digna; quem estiver vivendo na solidão que encontre amparo e apoio emocional e material, enfim, que todos e todas passamos viver em plenitude.
Enfim, desejo a todos e a cada um não apenas que os próximos 366 dias, afinal 2020 será ANO BISEXTO, mas que todos os anos futuros sejam melhores e que a dignidade, o bem estar, a cidadania, a solidariedade e a sustentabilidade sejam os paradigmas a nortearem o nosso futuro. Só assim seremos realmente felizes.
Que passamos cultivar mais a ternura, o amor, o perdão e uma convivência mais harmônica cada dia e todos os dias.
Abraços, muita paz e muitas esperanças para nós todos/todas.
*Juacy da Silva é professor aposentado.
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