por Cida Conagin*
Embora saibamos que o seio da família é a entrada primeira de todos nós, quando no nascimento mergulhamos no mundo material numa programação a ser cumprida pelos acertos firmados anteriormente no plano espiritual, ainda assim não assimilamos que toda a sociedade está ligada e sustentada de uma forma indissolúvel ao destino desta primeira célula. A família.
Fica claro que é neste ninho que deve reinar o amor, a fraternidade, a compreensão a ajuda mútua entre os membros, auxiliando uns aos outros no cumprimento do dever honrando o que Deus nos proporcionou.
Mas....numa ótica caolha, desfocada, as criaturas sem se preocuparem com a proposta iluminada e redentora desse cadinho familiar, em uma atitude egóica, sem refletir, sem considerar os laços existentes, para auxílio mútuo, rompem, destroem impensadamente os laços de amor desta base da sociedade onde se iniciaria a fraternidade universal.
Aqueles que ali nasceram, para terem seus orientadores fiéis, que seriam seus pais, se perdem num nevoeiro, sem rumo e sem bússola direcionadora, tornam-se pequenos robôs consumidos e abraçados pela tecnologia fria e calculista que domina, contamina e distancia a mente ainda imatura levando-os para um mundo imaginário e irreal em busca de aconchego.
Esfacelado o ninho sublime e restaurador, resta um alicerce trincado e fragilizado para ser a base da sociedade, originado de famílias disfuncionais, divididas, deterioradas, com muitos corações machucados por falta de coragem de se amarem e se respeitarem, esquecidos que desse ponto surgirão crianças e adolescentes, jovens e adultos repletos de traumas, frustações e doenças mentais originadas do egoísmo humano.
A ausência de discernimento e percepção de olhar para si mesmos se reconhecendo como cocriadores e responsáveis em formar famílias felizes que carrega nos ombros a responsabilidade de ser o alicerce da sociedade é o que falta.
E num efeito cascata surge ao logo desta jornada, uma sociedade também traumatizada e adoecida por ter como herança na tua formação tantas dores de histórias de desafetos e desamor, de corações machucados, uma sociedade carente de cuidados e de respeito.
É preciso a cura para a humanidade
É preciso despertar de consciência
É preciso amor para os corações.
*Cida Conagin, estudiosa de temas esperitualistas e colunista do VG Notícias
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