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Artigos Segunda-feira, 06 de Agosto de 2018, 15:06 - A | A

Segunda-feira, 06 de Agosto de 2018, 15h:06 - A | A

Opinião

DEM e MDB – aliança indigesta

por Rojane Marta*

A aliança entre DEM e MDB em torno da candidatura de Mauro Mendes ao Governo de Mato Grosso trará algumas disputas internas que podem comprometer o objetivo da coligação.

O casamento eleitoral promete reunir no palanque "inimigos" públicos que "esqueceram" suas rusgas em busca de cargos eletivos.

Além da divergência clara entre as correntes ideológicas dos partidos, alguns políticos deixaram de lado brigas históricas para alcançar seus objetivos.

Valtenir Pereira e Carlos Bezerra - Ambos são candidatos à deputado federal pelo MDB e irão dividir o palanque em busca de reeleição.

Carlos Bezerra foi alvo de interceptações telefônicas no ano de 2000, pois, haviam suspeitas de que estava protegendo Zé Guia, assassino do pai de Valtenir e ex-prefeito de Juscimeira.

Em uma entrevista para um jornal da Capital, Valtenir defendia inclusive a possibilidade de enquadrar o ato de Bezerra como improbidade administrativa.

Valtenir e Fábio Garcia (DEM) - Protagonistas de uma briga interna dentro do PSB - quando filiados na sigla -, Fábio Garcia e Valtenir trocaram acusações no último ano.

Na eleição pela presidência da bancada de Mato Grosso na Câmara Federal Fábio Garcia afirmou que Valtenir não teria condições de ser presidente, inclusive acusando-o de "jogar nas costas da bancada"

Agora Valtenir terá que pedir votos para Fábio Garcia que é o primeiro suplente de Jaime Campos (DEM) ao Senado.

Bezerra e Mauro Mendes (DEM) - Após a posse de Emanuel Pinheiro na Prefeitura de Cuiabá, Bezerra fez duras críticas ao Mauro Mendes e a sua administração à frente do município.

Dentre os ataques, Bezerra afirmou que Mauro não resolveu problemas sérios da Capital e que sua aprovação se deu muito ao marketing.

Já Mauro Mendes, ironizou Carlos Bezerra: "Se ele acha que não é importante ter lazer público é porque tem dinheiro para ir à São Paulo ou para o exterior”.

Agora, em decorrência da aliança DEM e MDB dividirão o palanque e terão que deixar de lado os ataques do passado.

Valtenir x Mauro Mendes – Em carta aberta à sociedade mato-grossense Mauro Mendes teceu duras críticas a Valtenir Pereira, quando os dirigentes do PSB, devolveram à Presidência do partido em Mato Grosso a ele (Valtenir).

“Se o motivo de tirar o Dep. Fabio da presidência do PSB-MT foi ele ter votado a favor da reforma trabalhista, contrariando a executiva, porque chamar o deputado Valtenir, que traiu e abandonou o PSB, para novamente se filiar e entregar a ele o diretório estadual, se Valtenir também votou a favor da aprovação desta reforma trabalhista na Câmara!!! Já ouvi dentro do PSB nacional adjetivos negativos muito fortes sobre o caráter e o comportamento deste deputado. O que Mudou?? Onde está a vergonha na cara e o respeito com quem faz um trabalho sério?? UMA INCOERRÊNCIA OU UMA MENTIRA??? QUAL SERÁ A VERDADEIRA INTENÇÃO DESTAS AÇÕES ???”, finalizou Mauro Mendes sobre o retorno de Valtenir ao PSB.

1998/2018 – Além disso, passados 20 anos, a aliança histórica – DEM/MDB -, ainda assombra alguns correligionários, que temem que a derrota nas eleições de 1998, ao governo do Estado, se repita nas eleições de 2018.

Na época, Júlio Campos (DEM) que liderava as pesquisas, se aliou ao PMDB (hoje MDB) e foi derrotado pelo então candidato à reeleição, governador Dante de Oliveira (PSDB) - falecido em 2006.

E as coincidências entre as disputas de 1998 e 2018 não param por aí, desta vez o adversário do Democratas é outro tucano, o governador Pedro Taques, que também segue à reeleição e também conta com a força da máquina. Outra comparação também lembrada é o fato do governador, assim como Dante, na época, ter um alto índice de rejeição nas pesquisas de intenção de voto.

Descontentes – Aliado a todo este contexto de brigas do passado, estão alguns filiados, tanto do MDB, como do PSD, que não gostariam de estar nesta coligação. Como é o caso da deputada Janaina Riva (MDB), que pediu para ser liberada para apoiar seu sogro, Wellington Fagundes (PR) ao governo. Além dos deputados: Gilmar Fabris, Wagner Ramos, Nininho e Pedro Satélite – todos do PSD -, que defendiam a coligação com o governador Pedro Taques (PSDB), que busca à reeleição.

*Rojane Marta é jornalista e chefe de redação do VGNotícias

 

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