por Raniery Queiroz*
No mês de setembro o Brasil bateu recorde de escoamento na modalidade de consórcio com 230 mil cotas, um montante R$ 73,57 bilhões de crédito comercializado, conforme a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).
Os números da pesquisa mostram que o saldo é 9% superior ao obtido em setembro de 2016 e também é bem acima da média mensal deste ano, que é de 194,4 mil. Já em relação ao acumulado entre os meses de janeiro e setembro, 1,75 milhão de unidades foram negociadas via consórcio, o que é 9,4% do que o mesmo período do ano passado. E que o setor que mais teve aquisição foi de serviços e bens como eletroeletrônicos, seguido por imóveis e carros.
Com esses dados, o consórcio começa a despontar novamente como uma ótima opção de investimento para quem não tem pressa em adquirir um bem, não consegue fazer uma poupança não-forçada por falta de disciplina financeira ou quer fugir dos juros altos da maioria das linhas de crédito bancário.
O mecanismo em si é simples. É necessário contratar um banco ou uma instituição administradora correspondente que reunirá em um mesmo grupo interessados em comprar principalmente imóveis ou veículos em condições semelhantes. Todos os participantes pagam parcelas mensais. Com o dinheiro de cada uma delas, um ou mais membros do grupo poderão ser contemplados a cada 30 dias com uma carta de crédito que permitirá a compra do bem à vista. Qualquer um pode ser contemplado com os sorteios e ainda os participantes que ofereçam lances antecipando o maior número de prestações também são contemplados antecipadamente. O número de participantes do grupo já contemplados crescerá a cada mês, até que, ao final, todos tenham recebido sua carta de crédito.
A vantagem é que os consórcios independentes dos juros do mercado, os participantes estão isentos desses encargos. Os consorciados só terão de pagar uma taxa de administração cobrada pela administradora e contribuir com o fundo de reserva constituído para cobrir perdas com participantes que já tenham sido contemplados e eventualmente deixem de pagar as parcelas. Mesmo assim como essas duas taxas somadas são bem inferiores aos juros bancários, o consórcio acaba sendo viável financeiramente.
O consorciado não precisa contar apenas com a sorte, a qualquer mês, ele pode apresentar um lance para conseguir a carta de crédito que pode ser para a aquisição de eletrodomésticos, carros ou imóveis.
Seja qual foi seu sonho de consumo a médio e longo prazo, o consórcio é atrás de empréstimo pessoal ou consignado, a melhor opção para a realização dele. Mas, é importante procurar uma instituição séria para ver se a prestação cabe no seu bolso, as regras para o grupo que você vai se inserir e ainda.
*Raniery Queiroz é CEO presidente da MTCred Assessoria de Crédito.
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