por Suelen Danielen Alliend*
De tanto ouvir este argumento nos discursos do grupo da prefeita Lucimar e do senador Jayme Campos, decidi, como moradora de Várzea Grande, pontuar algumas coisas para os eleitores refletirem e não serem manipulados. Não tenho a pretensão de pedir voto para A ou B, mas alertar a sociedade várzea-grandense para a hipocrisia da família Campos. A balança dos Campos não tem a mesma medida para todos, mas “um peso e duas medidas”.
Para exemplificar, vou citar o candidato a prefeito Emanuelzinho, que em todos os discursos, os Campos fazem questão de dizer que não é daqui, que ele vai atravessar a ponte e “não podemos aceitá-lo”.
Pois bem, chega de hipocrisia. O que os Campos não contam aos eleitores várzea-grandenses é que nem os candidatos apoiados por eles, por exemplo, Kalil Baracat e José Hazama não moram em Várzea Grande. Hazama é o atual vice-prefeito da Lucimar Campos também não mora em Várzea Grande, mas tem as bênçãos da família. Para estes o julgamento e a medida são diferentes. Aí, então, pode! Neste caso não há demérito nenhum! Ah, tá, me engane que eu gosto! Mas o povo não gosta de ser enganado. Basta de discurso falacioso.
A hipocrisia não para por aí. A maioria da equipe da prefeita Lucimar Campos, secretários, assessores especiais, mora em Cuiabá e todos os dias eles atravessam a ponte para vir trabalhar em Várzea Grande e levar o dinheiro do nosso contribuinte para Cuiabá. Mas eles podem, porque estão com os Campos.
Vou citar apenas alguns nomes e Secretarias mais conhecidas que moram em Cuiabá: Breno Gomes (secretário de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana); Luiz Celso (Obras), Diógenes Curado (Saúde), Homero Evandro (Defesa Social e Comandante da Guarda Municipal), Luiz Celso (secretário e Obras); Marcos Lemos (Secretário de Comunicação), Sadora Xavier (Procuradora-geral do município), Adriana Leão (Assuntos Estratégicos, braço direito da prefeita), e tantos outros que atravessam a ponte todos os dias, recebem os salários que saem do bolso do contribuinte de Várzea Grande e gastam em Cuiabá. Mas eles podem! Ah, tá!!
A população de Várzea Grande não pode mais ser enganada com este tipo de discurso hipócrita, raso e manipulado. Não dá mais para usar a estrutura do município para fazer política partidária, empurrar candidatos goela abaixo. É passada a hora de os Campos respeitarem a população. Já chega de cabresto. Servidor público sendo obrigado a participar de reunião política, aplaudir após o expediente sem receber hora extra e sem ao menos ser consultado se quer ou não participar. Ele não é convidado, é convocado, intimado e intimidado.
Recentemente, a prefeita fez uma reunião em seu gabinete, com direito a coffe breack e foi enfática ao “pedir o voto”. Disse que o servidor público municipal tem que votar em Kalil Baracat. A atitude da prefeita é, no mínimo, desrespeitosa. Ela tem todo o direito de pedir voto para quem ela quiser, a prefeita pode escolher quem ela gostaria que a sucedesse, mas não tem o direito de obrigar, coagir e desrespeitar o trabalhador.
Atravessar a ponte não é demérito, pelo contrário, faz parte do cotidiano da baixada cuiabana, e o julgamento dos Campos tem que ser justo e isonômico para todos e não apenas para os amigos do rei e da rainha! Esse discurso não cola!!!!
*Suelen Danielen Alliend, moradora de Várzea Grande, servidora pública
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