O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) recebeu denúncia nesta sexta-feira (4) na qual o bispo Oneir Brito de Campos nega que tenha encaminhado alguma denúncia a Câmara Municipal de Várzea Grande contra a prefeita Lucimar Campos (DEM) por improbidade administrativa.
A suspeita é que vereadores do município tenham forjado documento para requerer o afastamento da prefeita.
Na representação que teria sido encaminhada ao Legislativo, Oneir Brito disse desconhecer qualquer tipo de denuncia e que teriam se utilizado de forma indevida e fraudulenta do seu nome.
Oneir Brito representa contra os 13 vereadores que aprovaram na última quarta-feira a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, para investigar a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), por supostas irregularidades.
No documento, o bispo atesta que jamais assinou tal denúncia e tampouco autorizei a utilização do meu nome para que alguém o fizesse”, disse.
Ele reporta ainda que diante dos fatos: “venho a esta autoridade ministerial, GAECO, representar os 13 (treze) vereadores que votaram pelo afastamento da prefeita, possíveis suspeitos, para que os mesmos sejam investigados por terem falsificado minha assinatura”.
Os três vereadores são: Jânio Calistro, Miguel Baracat, Valdir Bento, Mirian Pinheiro, Fábio Saad, Kalil Baracat, Joaquim da Alameda, Pedrinho Tolares, Ivan do PT, Maninho de Barros, Wanderley Cerqueira, Leonardo Mayer e Moacir Barbosa.
Moacir Barbosa inclusive nem poderia ter votado, já que é suplente, mas foi, numa estratégia do grupo de 13 vereadores, alçado a condição de vereador por estar entre as denuncias formuladas contra a administração municipal, a suspeição do vereador Hilton Gusmão que teria sido conivente em fraude documental feita pelo seu filho, o que não se comprovou até hoje.
Em seu relato o Bispo frisa que tomou conhecimento pela imprensa que utilizaram meu nome para oferecer uma denuncia contra a prefeita de Várzea Grande”, diz trecho da representação que transcreve matéria publicada em diversos sites de notícias, inclusive uma remetida pela própria assessoria de imprensa da Câmara Municipal de Várzea Grande.
Na última quarta-feira, 02 de março, através de Portaria da Mesa Diretora foi encerrada por inépcia da inicial a Comissão Parlamentar de Inquérito dos Medicamentos apresentada pelo vereador Fábio Saad (PTC), mesmo, segundo a Prefeitura de Várzea Grande, não tendo sido realizado empenho e pagamento do referido processo de dispensa de licitação em valores superior a R$ 2,1 milhões.
Na mesma sessão que encerrou a CPI dos Medicamentos, foi apresentada uma nova denúncia, desta vez em nome de um popular, no caso o Bispo Oneir Brito contendo 17 denúncias por improbidade administrativa tanto da prefeita como de usurpação pública contra o ex-senador e esposo da prefeita, Jayme Campos, por estar usando de função pública sem estar apto.
A denúncia de improbidade administrativa veio acompanhada de um pedido de afastamento de 90 (noventa) dias de Lucimar Campos do cargo de prefeita, sob a alegação de a mesma utilizar as funções públicas para impedir as investigações, o que só não acabou acontecendo porque eram necessários 14 votos para o afastamento e houve apenas 13 votos.
Desde a retomada dos trabalhos legislativos em fevereiro, após o carnaval, partes dos vereadores, alegando uma série de irregularidades, que não foram comprovadas, tentam desestabilizar a administração municipal de Lucimar Campos (DEM) que assumiu o mandato em maio de 2015 após a Justiça Eleitoral ter cassado o mandato de Walace Guimarães (PMDB) por compra de votos.
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