por Rodrigo Rodrigues*
Semana passada, indignado com a inércia de nossas autoridades, decidi então dar um grito de alerta sobre os excessos e a parcialidade do Ministério Público Estadual e Federal.
Desafiei, publicamente, algum jurista, promotor ou procurador a me convencer, com provas plausíveis, da necessidade do afastamento dos Conselheiros do TCE de MT.
No futebol, quando o juiz apita uma falta inexistente, diz-se que foi “perigo de gol”.
No caso de Mato Grosso, há perigo de adversário do atual governador (que é oriundo do MPF) ser seu concorrente nas próximas eleições.
O artigo "A gota d’água" foi quase premonitório.
Hoje no jornal, A Gazeta, foi publicado um comentário estapafúrdio de um promotor, César Danilo Ribeiro de Novais, que, infelizmente, representa uma parcela do Ministério Público.
Sei que tem a banda boa do MP, gente séria e honesta, que não é afetada e, muito menos, desesperada pelos holofotes.
Este promotor não mostrou somente um grau de psicopatia, mas mostrou que não conhece nosso judiciário e, muito menos, a história de nosso estado. Inaceitável para um agente público e mais ainda para um promotor.
Nossa Carta Magna prevê três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
O Ministério Público é parte do Executivo, não é, nunca será um poder. Como já disse, os promotores são funcionários públicos, concursados, a serviço da sociedade. São empregados do povo.
No regime democrático, o poder emana do povo que é exercido pelos representantes “eleitos” pelo VOTO!
A grande parte de nossos juízes e desembargadores são oriundos de excelentes academias. Já o dito promotor não, é formado numa tal faculdade Toledo em Presidente Prudente. Nunca ouvi falar, nem vocês né? É daquelas que você precisa responder a apenas três perguntas : nome, CPF e RG, pronto, aprovado!
Os títulos, após a graduação, foram feitos aqui na escola do MP.
Ao dizer que o MP é moral e intelectualmente melhor que o judiciário de Mato Grosso, o dito promotor escancara uma patologia, que se não for expurgada como um câncer da instituição, poderá contaminar aqueles que são saudáveis, que ainda não desatinaram para "porralouquice".
Já disse e volto a repetir, já passou da hora da banda boa tomar as devidas providências e patrocinar uma faxina nos quadros do MP.
As sandices de alguns estão, não só, expondo a instituição, mas trazendo um sentimento de desobediência civil.
O caso dos Conselheiros é o que há de mais imoral neste momento. Mas há, também, centenas de atos questionáveis que, a luz do direito, da coisa justa, os responsáveis estariam atrás das grades.
Eu, que não sou da área, poderia citar pelo menos 50 juristas, do nosso judiciário, reconhecidos em todo Brasil.
Nosso judiciário sempre foi um dos mais bem avaliados do país.
Meu pai, quando deputado estadual, juntamente com o desembargador Ernâni Vieira de Souza, abriram mais de 30 comarcas e eu os acompanhei em algumas dessas viagens. Tempos difíceis, cidades isoladas.
Ernani Vieira de Souza, Joaquim Pereira Ferreira Mendes, Salvador Pompeu de Barros Filho, Licinio Carpinelli Stefanni, Onésimo Nunes Rocha, Milton Ferreira Mendes, Otair da Cruz Bandeira, João Antônio Neto, que foi também grande historiador, são alguns que me lembro agora que sempre elevaram nosso Judiciário nas mais alta conta do pais.
Em 2016, nossos magistrados alcançaram o primeiro lugar em produtividade.
E vem esse abestalhado dizer que nunca fez amizade com juiz para melhor fiscalizá-lo? Ele deveria ser imediatamente submetido a um exame mental. Para mim, que fui diretor geral da saúde mental de Mato Grosso, é caso de internação!
Semana passada, em face do absurdo do afastamento dos Conselheiros, eu disse que foi "A gota d’água".
Mediante as citações desse promotor, sendo “aplaudido” por alguns colegas, eu digo que agora é a tromba d’água.
Não dá mais para nossos legisladores deixarem passar em branco, muito menos a sociedade e menos ainda a banda boa e sadia do MP. Cadê a OAB, que em outros tempos era o esteio contra as injustiças? Sugiro que a Câmara de Vereadores e a Assembleia Legislativa imediatamente concedam uma moção de repúdio a este boquirroto e cobre de seus superiores as devidas sanções, pois ao tentar denegrir nossa Corte, falta com respeito a todos nós mato-grossenses.
O MP não é intelectualmente e moralmente melhor que nossos Delegados Civis e Federais, como tentaram propagar na campanha contra a PEC 37. Não são melhores intelectualmente e moralmente que nosso judiciário. Agora, o MP de Mato Grosso pode provar que está a altura de nossa Polícia e do nosso Judiciário, cortando na própria carne e penalizando de forma exemplar esses aloprados, os quais ninguém sabe de que caminhão caíram, e dar um basta nesta imoral parcialidade, que utiliza de medidas diferentes para o mesmo peso.
*Rodrigo Rodrigues, gestor público, empresário e jornalista.
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