A escritora e sobrevivente do Holocausto, Lily Ebert, morreu nesta quarta-feira (09.10) aos 100 anos. A informação foi divulgada pelo bisneto, Dov Forman, nas redes sociais. Segundo a publicação, Ebert, faleceu de forma pacífica em casa e cercada pela família.
"Ao longo dos anos, a história de Safta tocou centenas de milhões ao redor do mundo, lembrando-nos da resiliência do espírito humano e dos perigos do ódio desenfreado. Ela nos ensinou o poder da tolerância e da fé, a importância de falar abertamente e a necessidade de nos posicionarmos contra o preconceito. Safta era a rainha de nossa grande e amorosa família", escreveu Dov.
Em parceria com Dov, Lily escreveu um livro relatando suas experiências no campo de concentração e revelando como conseguiu encontrar forças para vencer seus traumas. Além disso, eles produziam conteúdo educativo sobre judaísmo para o TikTok, onde conquistaram milhões de visualizações e curtidas.
No último ano, a Lily foi homenageada por seu trabalho na educação sobre o Holocausto e recebeu a Ordem do Império Britânico (MBE), uma honra que reconhece as contribuições de indivíduos em áreas como artes, ciência, política, esportes e economia. A MBE é concedida a aqueles que se destacam em suas áreas e causam um impacto significativo e duradouro na sociedade.
Sobreviveu ao holocausto
Lily e sua família foram levadas para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, em 9 de julho de 1944. À época, Ebert tinha apenas 20 anos. Sua mãe, sua irmã mais nova e seu irmão foram imediatamente assassinados nas câmaras de gás, enquanto Lily e suas irmãs Renee e Piri foram selecionadas para trabalhar no campo.
Ebert suas irmãs conseguiram sobreviver e foram libertadas pelas Forças Aliadas em 1945. Após a libertação, elas se dirigiram à Suíça para recomeçar suas vidas. Em 1953, Lily reencontrou seu irmão mais velho, que havia conseguido sobreviver ao sistema de campos nazistas, permitindo que a família se reunisse e vivesse junta em Israel.
Em 1967, Lily e seu marido se estabeleceram no Reino Unido, onde ela fundou o Centro de Sobreviventes do Holocausto do Reino Unido. (Correio Braziliense)
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