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VGNE Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 13:29 - A | A

Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 13h:29 - A | A

“fofoqueiros profissionais”

Grupo que recebia R$ 2 mil é preso por espalhar fake news sobre candidatos em eleição municipal

os suspeitos eram contratados para circular em locais públicos e espalhar informações falsas sobre determinados candidatos à Prefeitura Municipal

João Victor/VGN

A Polícia Federal prendeu quatro pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa dedicada à disseminação de notícias falsas durante campanhas eleitorais no estado do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (12.09). As prisões ocorreram no âmbito da Operação Teatro Invisível, que também cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em diferentes municípios.

De acordo com as investigações, os suspeitos eram contratados para circular em locais públicos e espalhar informações falsas sobre determinados candidatos à Prefeitura Municipal. Conhecidos como “fofoqueiros profissionais”, os indivíduos infiltravam-se em pontos de ônibus, padarias, mercados e outros locais com grande circulação de pessoas para influenciar a opinião pública e direcionar votos para o candidato que contratou o serviço. Segundo o portal Metrópoles, cada propagador recebia R$ 2 mil por mês para desempenhar esse papel de desinformador.

“O objetivo era influenciar o voto de eleitores incautos com informações enganosas e maliciosas”, disse uma fonte da Divisão de Repressão a Crimes Eleitorais (DRCE), que coordenou a operação com o apoio do Ministério Público Eleitoral.

Além das prisões, a PF também apreendeu cerca de R$ 188 mil em espécie, três veículos de luxo blindados e diversos dispositivos eletrônicos que seriam utilizados na propagação das falsas notícias.

O esquema, que operava de forma organizada e estruturada, envolvia não apenas os propagadores de fake news, mas também coordenadores e líderes da organização. Esses coordenadores recebiam R$ 5 mil mensais e, segundo a investigação, exerciam cargos públicos. Durante o ano eleitoral, eles eram exonerados e substituídos por funcionários fantasmas, conhecidos como "laranjas", para ocultar sua participação direta no crime.

Os presos fazem parte de um grupo que agia principalmente no município de São João de Meriti, mas a organização expandiu suas atividades para mais de dez outras cidades fluminenses. "O impacto nas campanhas eleitorais dessas regiões foi expressivo", afirmou o delegado responsável pela operação, ressaltando que a organização criminosa desenvolveu métodos sofisticados para medir o sucesso das operações, como relatórios diários sobre o número de eleitores abordados e convertidos.

Os detidos responderão por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, uso de “laranjas” em cargos públicos, assédio eleitoral e outros delitos previstos no Código Eleitoral. As autoridades investigam ainda se mais pessoas estariam envolvidas no esquema, que utilizou recursos públicos para financiar parte das operações.

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