O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou em entrevista nesta quarta-feira (25.04), que sempre teve "um pé atrás" com o ex-genro, Romero Xavier, acusado de ser o mandante do assassinato de sua filha, Raquel Maziero Cattani Xavier.
A produtora rural foi morta com mais de 30 facadas na manhã de sexta-feira (19), na propriedade da vítima, na zona rural Pontal do Marape, no município de Nova Mutum, a 240 km de Cuiabá.
Cattani relatou que desconfiou do ex-genro, mandante do feminicídio encomendado, preso pela Polícia nessa quarta-feira (24). Anteriormente, o deputado havia defendido Romero Xavier em publicação em rede social. O parlamentar deu a entender que a ação visava esclarecer o crime, considerando que o ex-genro tinha álibis convincentes.
“Na verdade a gente sempre teve um pé atrás porque a polícia também fez o que tinha que ter feito. A gente tinha que deixar as investigações correrem para que a gente pudesse ter êxito. O álibi que ele tinha era muito forte, tanto que ele não estava aqui. Não teve a capacidade sequer de fazer ele mesmo, de tão covarde que foi”, declarou o deputado ao Jornal da Cultura.
Segundo o parlamentar, diante da desconfiança, a estratégia foi manter Romero Xavier próximo: “Ele não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo, então por isso a polícia o liberou preliminarmente, mas nós tínhamos que manter ele por perto", afirmou o deputado.
Segundo o deputado, a identificação e a prisão dos autores, é uma resposta justa à atrocidade contra a vida de sua filha.
“Não vou dizer que conforta porque nada pode confortar a gente nesse momento, mas ajuda a ter um pouco mais de confiança nas nossas forças de segurança. A gente tem a resposta de quem fez, mas não vai mudar o que foi feito. Infelizmente", lamentou Cattani.
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