Uma recém-nascida foi sequestrada do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), mInas Gerais, na noite de terça-feira (23.07). A suspeita, identificada como Claudia Soares Alves, foi presa na manhã dessa quarta-feira (24) em Itumbiara, Goiás, a 134 quilômetros de distância, e a bebê foi recuperada em segurança.
De acordo com informações do site G1, Claudia Soares Alves, que se identificou como pediatra, entrou na maternidade do HC-UFU usando jaleco, touca, máscara, luvas de borracha e portando um crachá da universidade. A médica pegou a recém-nascida, que havia nascido apenas três horas antes, por volta das 20h. Câmeras de segurança mostram Claudia chegando ao hospital às 23h18 e saindo 37 minutos depois, carregando a bebê em um dos braços. Em seguida, ela fugiu em um carro vermelho.
A Polícia Militar foi acionada pelo hospital logo após o sequestro e as investigações resultou na prisão de Claudia na manhã seguinte. A bebê, encontrada em boas condições, foi submetida a exames médicos que não indicaram sinais de maus-tratos.
Claudia, que é estudante de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFU e docente no curso de Medicina da universidade, também é formada em medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e possui especialização em neurologia e clínica médica.
O advogado de Claudia, Vladimir Rezende, informou que ela estava em tratamento psiquiátrico devido à morte recente de sua mãe e que havia mudado a medicação recentemente por conta de uma suposta gravidez, o que teria desencadeado um surto psicótico. "Com a alteração dos medicamentos, ela deu um surto, um surto psicótico. Tem um laudo clínico relatando toda a situação dela. Nossa defesa vai ser essa, porque realmente é o que aconteceu", afirmou Rezende.
O HC-UFU emitiu um comunicado informando que iniciou uma investigação interna para apurar as circunstâncias do caso e está colaborando com as autoridades. A instituição reafirmou seu compromisso com a segurança dos pacientes e se colocou à disposição das autoridades e da família da bebê para uma rápida solução do caso.
Além do sequestro, Claudia já estava sendo investigada por envolvimento em outro crime grave. Em 2020, ela teria mandado matar uma farmacêutica em Uberlândia, segundo o delegado Carlos Fernandes, que apura o caso.
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