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VGN AGRO Quinta-feira, 16 de Novembro de 2023, 10:19 - A | A

Quinta-feira, 16 de Novembro de 2023, 10h:19 - A | A

forte impacto

Onda de calor extremo afeta lavouras em Mato Grosso

Produtores rurais tiveram que reduzir as áreas destinadas ao plantio do milho

Nicolle Ribeiro/VGN

A recente onda de calor extremo que atingiu o país em 8 de novembro, está causando danos significativos às lavouras de soja em Mato Grosso. A escassez de chuvas compromete a semeadura do milho, resultando na necessidade de replantio. Alguns agricultores planejam reduzir as áreas destinadas ao cereal, e há relatos de produtores que não participarão da safra 2023/2024.

O agrônomo Leonardo Marasca, da Fazenda Galera, relatou que a plantação de milho foi totalmente descartada devido à inviabilidade da produção. Ele prevê a necessidade de adquirir milho no mercado, a preços provavelmente mais altos, para alimentar os bois em confinamento.

"Os pedidos de semente de milho que tínhamos foram cancelados. O impacto é muito grande. Teremos que buscar no mercado um milho a preços mais elevados para suprir a demanda. A produção de milho na fazenda ficou inviável, infelizmente", afirma Marasca.

O impacto se estende à Fazenda Galera, que não iniciou o plantio da oleaginosa na temporada anterior, mesmo com mais de 80% da área já semeada até 1º de novembro.

Esse problema parece ser generalizado em diversas fazendas do Estado. Em Santo Antônio do Leste, na Fazenda Flor de Lis, o plantio começou com 20 dias de atraso em relação à safra passada. Dos 300 hectares semeados, 120 precisaram ser replantados, pois alguns talhões ficaram cerca de 20 dias sem chuvas. A área destinada ao milho teve que ser reduzida em 70%.

O produtor Oleonir Favarin, da Fazenda Flor de Lis, destaca: "Vou plantar apenas 30% do que costumo plantar. A janela para semear o milho não fecha mais".

Fernando Cadore, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), expressou a preocupação com as condições enfrentadas pelos agricultores. "Isso traz muita preocupação, muita angústia, uma vez que o desenvolvimento é complexo. O produtor fica inseguro quanto à própria comercialização e aos investimentos. Estamos torcendo para que venha chuva e melhore as condições das lavouras", destaca Cadore.

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o plantio da soja atingiu 91,82% na última sexta-feira (10.11), estando 3,69 pontos percentuais abaixo da média dos últimos cinco anos. Com informações da Aprosoja-MT

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