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Variedades Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2020, 13:33 - A | A

Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2020, 13h:33 - A | A

Absurdo

Mulher tem benefício negado pelo INSS por não ter mãos para assinar papel

IstoÉ

Com três pedidos de benefício negado pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), a ex-sinaleira Cleomar Marques contou em entrevista ao Jornal de Rondônia 1ª edição, na TV Globo, as dificuldades impostas pelo órgão para ela receber o pagamento do auxílio em Porto Velho, capital do estado.

Uma das justificativas apontadas pelo INSS para não conceder o auxílio foi que Cleomar não poderia assinar os papéis.

“Uma servidora puxou os papéis e perguntou: ‘quem vai assinar? Você assina?’. Eu disse que não podia assinar, mas sim a minha filha ou minha mãe. A mulher então olhou e disse: ‘ah, então não vale’. Daí ela pegou, rasurou o papel e jogou fora”, disse a ex-sinaleira a reportagem do jornal.

Com três pedidos de benefício negado pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), a ex-sinaleira Cleomar Marques contou em entrevista ao Jornal de Rondônia 1ª edição, na TV Globo, as dificuldades impostas pelo órgão para ela receber o pagamento do auxílio em Porto Velho, capital do estado.

Uma das justificativas apontadas pelo INSS para não conceder o auxílio foi que Cleomar não poderia assinar os papéis.

“Uma servidora puxou os papéis e perguntou: ‘quem vai assinar? Você assina?’. Eu disse que não podia assinar, mas sim a minha filha ou minha mãe. A mulher então olhou e disse: ‘ah, então não vale’. Daí ela pegou, rasurou o papel e jogou fora”, disse a ex-sinaleira a reportagem do jornal.

Cleomar não desistiu e realizou um novo pedido junto ao INSS. Desta vez, o requerimento era para o benefício assistencial à pessoa com deficiência, também negado pelo órgão.

A ex-sinaleira trabalhava em uma das usinas de Porto Velho. Mas, após complicações em uma cirurgia, ela entrou em coma e teve infecção generalizada. Com isso, seus membros foram necrosando e tiveram que ser amputados.

Cleomar disse ainda que necessita do benefício, pois após com a amputação sua mobilidade ficou reduzida e ela precisa da ajuda da filha para tomar banho e se alimentar.

“Olha, é um constrangimento para mim tudo isso. Eu trabalhava, tinha minha vida e agora sou dependente dos outros. É a minha filha, única que mora comigo, que faz tudo para mim”, desabafou.

INSS
De acordo com a apuração do telejornal da TV Globo, a assessoria de comunicação do INSS informou que foi solicitado ao instituto um auxílio-doença para Cleomar e este foi indeferido por falta de período de carência, no último ano. Depois, um novo benefício foi solicitado, também sendo indeferido por apresentar renda per capita familiar superior a 1/4 do salário mínimo.

O INSS informou ainda que recebeu pessoalmente a filha de Cleomar a qual deverá fazer um novo requerimento para alterar inconsistências relativas ao grupo e a renda familiar no Cadastro Único. Com isso, Cleomar poderá solicitar um novo benefício.

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