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Variedades Sexta-feira, 07 de Agosto de 2020, 13:59 - A | A

Sexta-feira, 07 de Agosto de 2020, 13h:59 - A | A

OCORRIDO EM 2014

Ministério Público de São Paulo denuncia Felipe Prior, do BBB20, por estupro

Ação aconteceu dois dias após da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher concluir inquérito sem indiciar o arquiteto por dois estupros e uma tentativa de estupro

Extra

O Ministério Público de São Paulo denunciou Felipe Prior, ex-participante do ''Big Brother Brasil 20'', na quinta-feira, por estupro. A ação aconteceu dois dias após da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) concluir o inquérito sem indiciar o arquiteto por dois estupros e uma tentativa de estupro, que teriam acontecido entre 2014 e 2018.  

Os promotores Danilo Romão, da 7ª Promotoria Criminal, e Fernanda Moreti, da Promotoria da Violência Doméstica, denunciaram Felipe Prior por um crime de estupro, com base no artigo 213 do Código Penal Brasileiro. O crime teria acontecido em São Paulo, em 2014. A denúncia foi encaminhada para a 7ª Vara Criminal da Barra Funda e vai tramitar sob segredo de Justiça. Por terem supostamente acontecido em outros municípios de São Paulo, os outros dois casos serão enviados aos promotores locais, que irão analisar as denúncias.    

Segundo a delegada Maria Valéria Pereira Novaes, da 1ª DDM, a decisão de não indiciar Prior pelos crimes foi porque ela não conseguiu formar convicção de que ele cometeu os delitos. A delegada esclareceu, entretanto, que o relatório final do caso, com 12 páginas contendo levantamento de provas, depoimentos das testemunhas e de Prior, seria enviado ao Ministério Público, que denunciou o arquiteto. Ela ressaltou, ainda, que a conclusão do inquérito pela polícia não inocenta o ex-BBB.   Ao G1, a defesa de Felipe Prior declarou, por meio de nota, que ''a justiça prevalecerá e o Poder Judiciário chegará a mesma conclusão da polícia, que concluíram pela inocência de Prior''. A defesa também classificou as acusações de estupro como ''infundadas e injustas''.  

Também em nota, as advogadas Maira Machado Frota Pinheiro e Juliana de Almeida Valente, que representam as supostas vítimas, afirmaram que ''o oferecimento da denúncia contra Felipe Prior demonstra a consistência das provas do caso, apesar das tentativas de desacreditar as acusações e as vítimas.''  

Os supostos crimes sexuais foram revelados logo após o arquiteto deixar a casa do "Big Brother Brasil 20", depois do paredão histórico do reality.  

Relembre o caso 

Em 2014, uma mulher, chamada de Themis pela reportagem da ''Marie Claire'', conta que ela e uma amiga aceitaram uma carona de Prior ao sair de um jogo do Interfau, os jogos universitários de Arquitetura. Após deixar a outra menina em casa, o ex-BBB teria parado o carro na rua e a estuprado. Segundo o relato, ela chegou a ir ao hospital após o ato e um ano após o ocorrido passou a ter crises de pânico, precisando de apoio para ir e voltar do trabalho.  

Outra estudante, chamada na reportagem de Freya, acusa o ex-brother de tentar estuprá-la em 2016, também nos jogos universitários. Prior teria aproveitado seu estado de embriaguez e, dentro de sua barraca, tentou forçar um ato sexual mesmo sem preservativo.  

A terceira mulher que acusa o paulista afirma que foi estuprada em 2018. O ato teria acontecido na mesma situação dos outros dois, no Interfau. Inicialmente, Ísis conta que iniciou relações sexuais de maneira consentida, mas o ex-BBB passou a agir de maneira agressiva e não parou quando ela pediu. Duas testemunhas sustentam a versão da jovem.  

Após os casos, a comissão da Interfau baniu o arquiteto dos jogos. Apesar das acusações, nenhuma das mulheres prestou queixa contra Prior na época. As advogadas Maira Pinheiro e Juliana de Almeida Valente representam as três acusantes, que se uniram para formar a denúncia.  

As advogadas entraram com um pedido de medidas cautelares para que Felipe fosse proibido de manter contato com as vítimas. A solicitação foi acolhida pela Promotoria de Justiça do Estado de São Paulo e aguarda julgamento.  

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