A ex-deputada federal da Rede foi oficializada como presidente da instituição, ligada ao Ministério dos Povos Indígenas, em publicação extra do Diário Oficial da União desta quarta-feira (1º).
A nomeação é assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Wapichana foi eleita para a Câmara dos Deputados em 2018, mas não conseguiu a reeleição neste ano por causa do coeficiente eleitoral. Ela foi a primeira indígena a ocupar uma cadeira na Casa. Seu nome fazia parte da lista tríplice apresentada por indígenas a Lula para dirigir o Ministério dos Povos Indígenas.
Em publicação nas redes sociais, Wapichana comemorou a nomeação.
"Novos tempos para o Brasil! Pela primeira vez, teremos a Funai presidida por uma mulher indígena.
Serão muitos desafios, mas juntos vamos trabalhar e reerguer nossa casa! Presidente Lula, obrigada pela confiança!", escreveu.
'POLÍTICA ANTI-ÍNDIGENA'
Em entrevista ao UOL News no mês passado, a nova presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpriu a promessa de 2018 de dar uma "foiçada" na Funai.
"Ele cumpriu isso. Essa foiçada é um sucateamento, é um desmonte. A política anti-indígena foi bastante encorajada dentro da Funai, hoje a Funai se encontra totalmente sucateada".
Além disso, Joenia contou que servidores e lideranças indígenas não conseguiram entrar na sala da presidência por quatro anos e que houve "todo um encorajamento para reverter a obrigação da Funai, encorajar invasões e flexibilizar regras".
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