O grupo Flor Ribeirinha, da comunidade de São Gonçalo Beira Rio, comemora 31 anos de existência com muitas realizações. A fundadora e presidente do grupo, Domingas Leonor da Silva, que detém o título de Doutora Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal de Mato Grosso, atribuído ao seu trabalho no resgate, manutenção e difusão da cultura popular, explica que o Flor Ribeirinha conquistou espaço e reconhecimento diante da sua importância para a cultura popular. “O nosso Siriri rompeu fronteiras e marcou presença em diversos estados e países”, disse ela, informando que ao mesmo tempo em que divulga a cultura popular lá fora, realiza também o trabalho de valorização de sua origem, mostrando toda a essência e ações históricas que permeiam a sua comunidade.
“Além das tradições, o grupo promove o engajamento na cultura popular, proporciona o conhecimento histórico, amplia o senso de identidade, combate a intolerância e a xenofobia, gera renda e contribui com a transformação social”, argumenta o diretor artístico do grupo, Avinner Silva. Ele destaca que entre as principais heranças que a comunidade deixa para posterioridade, é ir além dos títulos conquistados, mas viver o sentimento de pertencimento e sentir orgulho de ser desta terra.
Na sua avaliação, durante muito tempo a tradição, como o Siriri, o Cururu e outras formas de expressão da cultura popular passaram por um processo de transição de sentimentos. Muito do que se sabe era passado só pela oralidade de geração em geração. Hoje, essa mensagem vai além do quintal de Dona Domingas. “Tratamos de contexto cultural, mas também humano, que se entrelaça com as habilidades afetivas, cognitivas, motoras, além do orgulho de ser daqui, que traz um resultado diferente para a futura geração“, concluiu.
O grupo integra a Associação Cultural Flor Ribeirinha, que também conta com outros projetos socioculturais como o Semente Ribeirinha com as crianças, o Flor da Idade com idosos, musicalização, audição e percurso histórico, além de promover oficinas de artesanato em cerâmica, costura e outros, ministrados durante o ano. O objetivo é preservar as tradições e incentivar a sua continuidade através da formação de uma nova geração de artistas populares. Outra meta é fomentar o interesse turístico e histórico pela comunidade.
Títulos conquistados:
Em sua trajetória de 31 anos, o grupo participou de todos os Festivais de Siriri de Mato Grosso. Já se apresentou em Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de janeiro, São Paulo e demais estados.
O grupo ultrapassou fronteiras e se apresentou no Peru e Paraguai. A convite da Federação Internacional de Danças Folclóricas-Fidaf, o Flor Ribeirinha participou de várias turnês, em festivais de competições em diferentes países, com o espetáculo ‘Mato Grosso Dançando o Brasil’. Esteve na França, Itália, Coreia do Sul, China, Turquia, Rússia, Bélgica, Holanda, Alemanha, Eslovênia, Croácia, Bulgária e no Oriente Médio.
Em 2017 – Conquistou o primeiro título no Festival Internacional de Folclore na Turquia.
Em 2021 – O grupo conquistou o segundo título em um Festival on-line, realizado na Polônia.
Em 2022 – O terceiro título foi no Festival Vitosha International Folklore, na Bulgária.
Em 2023 – O Flor Ribeirinha trouxe em sua bagagem o quarto título mundial do Festival realizado na Coreia do Sul.
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