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Variedades Sábado, 07 de Janeiro de 2023, 15:00 - A | A

Sábado, 07 de Janeiro de 2023, 15h:00 - A | A

Ouça áudio

Extremistas falam em invadir Congresso, driblar polícia e dão dicas sobre gás

Grupos de direita que não aceitam a vitória de Lula (PT) como presidente da República se articulam em nova manifestação violenta

Metrópoles/ Isadora Teixeira

Extremistas que não aceitam a vitória de Lula (PT) como presidente da República planejam uma nova manifestação em Brasília, desta vez mais violenta.

O ato deve ocorrer na próxima segunda-feira (9/1), na Praça dos Três Poderes. Em áudios obtidos pela coluna, integrantes dos grupos de organização da manifestação falam em atiçar apoiadores do movimento para que eles compareçam com “sangue nos olhos” e se prepararem para levar tiro de borracha.

“A ideia é essa: não é ir para ficar com paz e amor, não. É para entrar, não com flor… É para ir já sabendo que vai levar borrachada e uns tiros”, diz.

Em outro áudio, um segundo homem diz que haverá invasão ao Congresso Nacional. “Se preciso for, de maneira pacífica, ordeira, nós iremos, sim, invadir, entrar na casa do povo, que é o Congresso. Sem nenhum tipo de violência, apenas de forma ordeira e pacífica. Nós temos esse direito”, diz.

Outro áudio que circula entre os grupos de direita incentiva ato “inteligente” para impedir atuação da polícia. O homem diz que a manifestação deve ocorrer para fechar o Congresso com “pau”, “martelo” e “prego gigante”. O objetivo seria negociar a “destituição dos Poderes” e convocar novas eleições.

“Já era, acabou QG. Já era. Agora é tomar outra atitude. A gente tem que ser inteligente, porque se a gente anuncia isso de uma maneiram muito assim, o que acontece: a polícia se movimenta, entendeu?! Aí complica mais. Mas, se a gente tiver 1 milhão de pessoas, aí esquece. A polícia não tem como combater”, diz.

Os grupos também orientam como minimizar os efeitos do gás lacrimogêneo, geralmente utilizado pela Polícia Militar para dispersão de manifestações violentas.

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições de outubro, estão há mais de dois meses em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, e em outras unidades da Força pelo país. Eles pedem intervenção das Forças Armadas para impedir a posse de Lula, o que não ocorreu. O movimento foi reduzido consideravelmente nos últimos dias após o petista assumir a Presidência.

Operação Nero

Em 12 de dezembro, um grupo extremista depredou prédios, pôs fogo em carros e ônibus no centro de Brasília. No último dia 29, a Polícia Civil do DF e a Polícia Federal deflagraram a Operação Nero, que teve como alvos os vândalos.

As equipes cumpriram 32 mandados de busca e apreensão e de prisão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além do DF, a Operação Nero foi deflagrada simultaneamente em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.






 

 



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