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Variedades Sexta-feira, 27 de Outubro de 2023, 17:53 - A | A

Sexta-feira, 27 de Outubro de 2023, 17h:53 - A | A

melanoma

Estudante de 14 anos cria sabonete que trata câncer de pele

Bekele deseja transformar o sabonete em um símbolo de esperança, acessibilidade e de um mundo onde o tratamento para o câncer de pele seja acessível a todos

Maiara Lima/ VGN

Heman Bekele, 14 anos, do Estado americano da Virgínia, recebeu o prêmio de Melhor Jovem Cientista dos Estados Unidos pelo desenvolvimento de um sabonete que atua no tratamento de melanoma, tipo de câncer de pele que está entre os mais comuns no mundo.

O adolescente, que ainda está cursando o ensino médio, competiu com outros nove finalistas pelo prêmio. Na inscrição, ele escreveu: "Curando câncer, uma barra de sabonete por vez. [...] Sempre me interessei por biologia e tecnologia, e esse desafio me deu a plataforma perfeita para demonstrar minhas ideias".

De acordo com detalhes fornecidos pelo portal The Washington Post, Bekele explica que o sabonete desenvolvido para tratar o câncer seria produzido com compostos capazes de reativar as células dendríticas, fundamentais para a proteção da pele humana. Esse processo permite que o tecido se fortaleça para combater as células cancerosas de maneira eficaz.

Segundo Heman, a ideia surgiu na Etiópia, onde viveu seus primeiros quatro anos de vida e via pessoas trabalhando sob o sol escaldante todos os dias. Sendo assim, sua estratégia era criar algo que não apenas fosse intrigante do ponto de vista científico, mas também acessível para o maior número possível de pessoas.

Deborah Isabelle, mentora de Heman na 3M, revelou que o jovem está dedicado a tornar o mundo um lugar mais positivo para todos. Após receber o prêmio, Bekele deseja transformar o sabonete em um símbolo de esperança, acessibilidade e de um mundo onde o tratamento para o câncer de pele seja acessível a todos.

Segundo informações da Sociedade Americana Contra o Câncer, a pele é o tecido mais comumente afetado pela doença, com o melanoma representando apenas 1% dos casos desse tipo de câncer, mas causando a maioria das mortes. Nos EUA, são 100 mil casos diagnosticados todos os anos, com cerca de 8 mil mortes no mesmo período. No Brasil, desde 2020, foram diagnosticados cerca de 8.450 novos casos anualmente.

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