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Variedades Sexta-feira, 12 de Agosto de 2016, 09:25 - A | A

Sexta-feira, 12 de Agosto de 2016, 09h:25 - A | A

NA TV

Datena narra vôlei como se fosse perseguição policial

Sandro Machado/ Folha Uol

Reprodução

Datena

 

Na Olimpíada o vôlei talvez seja o esporte número dois das emissoras, pelo menos, enquanto o Brasil está na disputa —o número um, claro, é o futebol, mesmo que Galvão, o que nunca cala, e Neymar fiquem de mal. Na quinta-feira (11.08), todo mundo colocou o jogo do time de Bernardinho ao vivo, até a Record.

Assim sendo, a oferta de narração é farta e tem até Datena na Band, sim, Datena. Ok, Datena tem um passado de jornalismo esportivo, mas seu estilo policialesco de "Brasil Urgente" impregna a transmissão. "Tem que dar porrada", grita, depois de uma cortada. Quase dá para imaginar um helicóptero sobrevoando a quadra para mostrar alguma perseguição trágica.

Para suavizar seu estilo "bandido tem que ir pra cadeia", Datena resolveu usar praticamente todos os bordões de Marco Antônio de Mattos, grande narrador de vôlei, que ficou famoso nos anos 1990 por seu estilo engraçado. "Uau", "essa aí achou petróleo" ou "afunda, afunda, a-funnn-daaa", exclamava, normalmente após uma cortada violenta (violenta não, Datena, potente). Até o apelido "Gilsão, mão de pilão" Datena tenta adaptar com um "Lucão Mão de Pedra". Não parece que vai pegar. O apresentador da Band pelo menos tem o mérito de em todo jogo citar a fonte (Marco Antônio morreu em 2004).

No SporTV, Luiz Carlos Júnior e seu cabelo mais negro que a asa da graúna é opção mais correta, sempre em cima do lance, técnico e com ótimo timing. Acho que Luiz se sai até melhor no vôlei do que no futebol, no qual também é titular olímpico. Na Globo, Luís Roberto é sempre pau pra qualquer obra, mas às vezes vira torcedor demais. Ah, os ufanistas.

Porém, se quiser incluir uma dose de humor ao drama dos jogos do Brasil, o canal é a ESPN. Rômulo Mendonça, o narrador mais aloprado da televisão, às vezes lembra Marco Antônio, mas é original. Ele também já o homenageou nas transmissões: "Essa bola achou pré-sal", falou, citando o "petróleo" do mestre.

Rômulo tem mais graça, sem se perder no jogo. Se tem bloqueio brasileiro logo vem um "aqui, não, neném". Se a bola bate na rede e atrapalha o time, ela logo vira "uma lambisgoia". Atacante virando todas se transforma no "mensageiro do caos".

Além de espirituoso, Rômulo é cheio de referências pop, adora fazer piada com "a torcida ufanista" (pecado mortal em qualquer outra emissora) e tirar sarro das músicas que o DJ solta no intervalo. Possuído pelo ritmo ragatanga, como gosta de falar, Rômulo é o verdadeiro mensageiro do caos.

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