O Instituto Butatan anunciou nessa segunda-feira (28.12) o recebimento do 5º lote da vacina CoronaVac, produzida em parceria com a Sinovac. O carregamento com 500 mil doses chegou pela manhã ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
A chegada de novo lote da CoronaVac está prevista para a próxima quarta-feira (30). Serão mais 1,5 milhão de doses. Segundo Governo de São Paulo, o Estado terá 10,6 milhões de doses até o fim deste mês. Dessas, 9,1 milhões já estão com o Butantan.
1º lote – chegou em 19 de novembro, contendo 120 mil doses;
2º lote – chegou em 3 de dezembro, contendo 600 litros do insumo a granel, o que corresponde a 1 milhão de doses;
3º lote – chegou em 18 de dezembro, contendo 2 milhões de doses;
4º lote – chegou em 24 de dezembro, contendo 2,1 milhões de doses e 2.100 litros do insumo a granel, o que corresponde a 3,5 milhões de doses. O total foi de 5,5 milhões;
Segundo o secretário de Saúde paulista, Jean Gorinchteyn, a vacina anti-covid desenvolvida pela Sinovac não atingiu os 90% de eficácia nos testes realizados no Brasil. “Nós não sabemos o quanto acima de 50% ficou, se foi 60%, 70% ou 80%. Mas eles [os valores] estão em níveis que nos permitem fazer redução de impacto de doença na nossa população”, declarou.
De acordo com ele, o resultado já era esperado, por causa do método utilizado para a fabricação da vacina, o do vírus inativado. “Elas produzem uma proteção menor. A vacina da gripe tem uma variação que vai de 40% a 80% em determinados grupos.”
Mesmo assim, o laboratório chinês vai rever os números, já que outros países também realizam testes com a CoronaVac, e os resultados devem variar. A Turquia, por exemplo, anunciou uma eficácia de 91,25% para o imunizante. O país de Tayyip Erdogán conduziu os testes com 10% do número de voluntários do Brasil (1.300 X 13.000).
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a vacinação contra covid-19 começará em 25 de janeiro no Estado. Na data é comemorado o aniversário da capital paulista. A CoronaVac, no entanto, ainda não tem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser aplicada. O Butantan não fez o pedido de registro.
Até a publicação desta reportagem, nenhum laboratório havia pedido autorização à Anvisa para o uso (emergencial ou não) de vacina contra o coronavírus. A agência pretende analisar as solicitações para utilização emergencial de imunizantes em até 10 dias depois da data do pedido. É possível acompanhar o andamento neste site.
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