O presidente Jair Bolsonaro recebeu alta nesta quarta-feira do hospital Albert Einstein, em São Paulo, após ter passado por uma cirurgia de retirada de uma bolsa de colostomia e reconstrução do trânsito intestinal, com o quadro pulmonar normalizado depois de ter sido diagnostiscado com pneumonia na semana passada, disse boletim médico do hospital.
"(Bolsonaro) recebeu alta nesta manhã com o quadro pulmonar normalizado, sem dor, afebril, com função intestinal restabelecida e dieta leve por via oral", disse boletim médico divulgado pelo hospital.
O presidente segue para Brasília, onde, de acordo com o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, ficará em repouso pelos próximos dias.
"Os médicos prescreveram que ele permaneça em descanso por essa semana", disse o porta-voz, acrescentando que o presidente irá avaliar se pode ou não receber ministros. O presidente seguia sem agenda nesta quarta-feira.
O porta-voz não soube dizer quando Bolsonaro deve retomar a agenda no Palácio do Planalto. Perguntado sobre as viagens que estão sendo planejadas, para Israel e Estados Unidos --possivelmente em março e abril deste ano--, Barros afirmou que o planejamento se mantém, mas as datas dependem da condição do presidente e também das agendas dos anfitriões.
O presidente comemorou a alta no Twitter.
"Foram 3 cirurgias e mais de 1 mês no hospital nestes últimos 5 passados. Finalmente deixamos em definitivo o risco de morte após a tentativa de assassinato de ex-integrante do PSOL. Só tenho a agradecer a Deus e a todos por finalmente poder voltar a trabalhar em plena normalidade", disse na rede social.
Bolsonaro deu entrada no hospital em 27 de janeiro. A previsão inicial era de que ele ficasse internado 10 dias, mas a necessidade de tratamento com antibióticos e depois o diagnóstico de pneumonia estenderam o período de permanência no hospital.
Foi a terceira cirurgia a que Bolsonaro se submeteu nos últimos meses desde que sofreu uma facada em um evento de campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG) em setembro.
Inicialmente, Bolsonaro foi submetido a uma operação de emergência na cidade mineira para estancar sangramentos nos intestinos grosso e delgado e em uma veia abdominal e para a colocação da bolsa de colostomia. Posteriormente, passou por novo procedimento por causa de aderências na parede intestinal.
O porta-voz dedicou-se ainda a desmentir informações que circularam durante o período de internação de Bolsonaro. Segundo ele, o presidente não teve uma pneumonia causada por infecção hospitalar, mas possivelmente por aspiração de conteúdo gástrico, comum em pacientes com sonda e que passam muito tempo deitado. Barros negou ainda que tenha havido qualquer suspeita de câncer.
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