A atriz Eva Wilma morreu neste sábado (15) aos 87 anos. Ela tratava um câncer de ovário e estava internada no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, desde o dia 15 de abril.
Eva Wilma Riefle Buckup nasceu em 14 de dezembro de 1933 na cidade de São Paulo. Ela iniciou a carreira artística aos 19 anos, no Ballet do IV Centenário de São Paulo, abandonando a dança pouco depois, quando recebeu os convites para integrar o Teatro de Arena e o programa “Alô Doçura”, da TV Tupi.
O seriado ficou dez anos no ar e a atriz dividia espaço na atração com John Herbert, com quem se casou em 1955. Eva e John se separaram em 1976. Juntos, tiveram dois filhos, Vivien e John Herbert, conhecido profissionalmente como Johnnie Beat.
Três anos depois da separação, a atriz se casou com o ator Carlos Zara, que morreu em 2002.
Além da dança e da atuação, Eva sempre foi muito conectada às artes, tendo aulas de canto, piano e violão com Inezita Barroso.
Ao longo da carreira, Eva estrelou dezenas de novelas como "Meu Pé de Laranja Lima" (1971) e a primeira versão de "Mulheres de Areia" (1973), na qual interpretava as gêmeas Ruth e Raquel. Vinte anos depois, no remake da trama, os papéis foram feitos por Glória Pires.
Eva também deu vida à vilã Altiva, de “A Indomada”, que rendeu vários prêmios para a atriz.
"Pedra sobre Pedra" (1992), "O Rei do Gado" (1996) e “Começar de Novo” (2004) foram outras obras que tiveram a participação de Eva Wilma.
Seu último trabalho para a TV foi em 2015, em “Verdades Secretas”, na qual interpretou Dona Fábia, uma alcoólatra, amargurada e aproveitadora, que extorquia o filho Anthony (Reinaldo Gianechini). Eva também foi premiada pelo projeto.
Apesar do extenso trabalho na TV, Eva nunca abandonou a carreira no teatro, recebendo inúmeros prêmios por seus trabalhos no palco. Em “Queridinha Mamãe” (1994), recebeu os troféus dos prêmios Molière, Shell e Sharp.
Em 2017, Eva ainda participou do show “Crise, que crise?”, idealizado por seu filho. Nele, a atriz soltava a voz, retomando o que já havia feito no musical “Oh! Que Delícia de Guerra”, nos anos 1970.
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