Após ser obrigado pela Justiça de Mato Grosso a readmitir 14 médicos que haviam sido exonerados do Pronto-Socorro de Várzea Grande, o secretário municipal de Saúde, Dauod Abdallah, em coletiva à imprensa concedida nesta terça-feira (28.10), resolveu denunciar os servidores recontratados.

De acordo com ele, a maioria dos 14 médicos que foram demitidos e recontratados por força judicial, participava de um “esquema” de rodízio no Pronto-Socorro.

O secretário afirmou que tomou conhecimento do caso por meio de denúncias de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), e que foram instaurados inquéritos administrativos disciplinares pela diretoria da unidade, para apurar as denúncias. Abdallah disse ainda, que o processo ainda será encaminhado ao Conselho Regional de Medicina (CRM).

“Após a apuração das irregularidades no Pronto-Socorro, exoneramos os médicos que participavam do esquema no dia 20 de outubro. Dos 14 médicos constantes na lista de demitidos, nem todos praticavam rodízio, ou seja: descumpriam a carga horária normal (12 horas) do plantão” destacou.

Ele negou que tenha perseguido os profissionais e voltou a reafirmar que a terceirização da parte de atendimento de urgência e emergência do Pronto-Socorro para a empresa Guarajá Serviços Médicos Ltda, foi feita pois não houve interesse de médicos em anúncios ofertados pelo município.

“Nós tentamos preencher as vagas existentes no PS ao convocar os concursados em abril último, iniciativa que não logrou atingir suas metas. Foi ainda publicada uma série de anúncios na mídia anunciando a disponibilidade de contratação de médicos em Várzea Grande, outra empreitada que não correspondeu ao objetivo da Municipalidade” disse Daoud.