A Fiocruz divulgou, na última terça-feira (04.04), boletim InfoGripe, que apontou aumento expressivo no número de novas internações de crianças por vírus sincicial respiratório (VSR), em 15 Estados. (Vírus sincicial respiratório é um vírus que afeta a respiração de bebês e crianças devido a uma infecção causada por sua atividade no organismo do paciente).
O pesquisador e coordenador da InfoGripe, Marcelo Gomes, recomendou que, caso a criança tenha sinal de infecção respiratória, o ideal é não enviá-la para a escola ou creche. "Assim, podemos tentar frear a disseminação de vírus respiratórios em crianças". Gomes destacou que, até o hoje, o país registra um percentual muito grande de crianças que não foram vacinadas contra a Covid-19.
Marcelo Gomes disse que outros 19 Estados do Brasil apresentam tendência de aumento a longo prazo, do vírus sincicial respiratório (VSR) , em crianças, Mato Grosso está entre eles.
O crescimento de internações por Covid-19, em adultos, chama atenção do pesquisador, que, segundo ele, o risco maior é para aqueles que estão com a vacinação atrasada ou sequer tomaram a primeira dose da vacina contra a doença. Até o momento, esta tendência pode ser observada em 10 Estados.
Conforme o pesquisador, é importante que os responsáveis lembrem que, por mais que a Covid-19 afete com maior intensidade a população adulta, os pequenos não vacinados também correm um risco. Ele destacou que a melhor forma de proteger é tomar vacina e usar boas máscaras, especialmente, quem está com sinal de infecção respiratória ou quem vive com alguém que faz parte do grupo de risco.
Capitais - Cuiabá está entre as 17 capitais com indícios de crescimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), apontou a pesquisa. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com o resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,3% para influenza A; 3,7% para influenza B; 36,2% para VSR; e 46,2% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 4,6% para influenza A; 3,6% para influenza B; 6,1% para VSR; e 82,7% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
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