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Saúde Quinta-feira, 27 de Maio de 2021, 11:11 - A | A

Quinta-feira, 27 de Maio de 2021, 11h:11 - A | A

MAIS INFECCIOSA

Pesquisadora diz que cepa indiana deve chegar em Mato Grosso e pode agravar pandemia

A nova cepa B.1.617 já foi registrada em 49 países, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Davi Vittorazzi & Adriana Assunção/VGN

VGN

pesquisadora

Infectologista do Hospital Universitário Júlio Muller, Andreia Nery

 

A cepa indiana, considerada altamente infecciosa, que já está presente no Brasil, deve chegar em Mato Grosso muito em breve. A infectologista do Hospital Universitário Júlio Muller, Andreia Nery, conversou com o VGN e explica os riscos da cepa e atual situação da pandemia no Estado.

A cepa indiana foi identificada em outubro de 2020, na Índia – e é considerada a mais infecciosa pelos pesquisadores. O país já chegou a bater o recorde de 4.529 óbitos em apenas um dia. Nas últimas 24 horas, a Índia teve mais de 3.800 mortes pela doença.

As variações da cepa indiana são identificadas como B.1.617.1, a B.1.617.2 e a B.1.617.3.

“Quanto mais pessoas circularem sem cumprir distanciamento social, sem máscaras e quanto menos vacinas, mais variantes serão desenvolvidas”, destaca Andreia Nery.

Leia Mais: Variante indiana preocupa Mendes: "dados apontam 3ª onda da Covid-19 em MT"

Segundo a especialista, a mutação de vírus é comum na natureza, é uma forma de garantir a sobrevivência de um organismo.

De acordo com a cientista, o nível de vacinação atualmente no país e em Mato Grosso é baixo. Ela relata que “a vacina é a coisa mais importante, todos outros cuidados são necessários, enquanto a vacinação estiver lenta”.

Conforme a pesquisadora, o Brasil está muito atrasado em prevenção contra a Covid-19. “Nós tivemos em torno de seis meses para nos organizarmos e seria óbvio que as variantes iriam chegar”, pontua.

“As vacinas protegem as pessoas de morrer da doença e não de pegar a doença. Não existe na história uma vacina que dê 100% de imunidade para os vírus. É preciso reforçar as medidas de biossegurança, porque a situação pode piorar”, destaca Andreia.

A nova cepa B.1.617 já foi registrada em 49 países, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No entanto, uma boa notícia em relação às vacinas foi divulgada em estudo de uma agência de pesquisa do Governo do Reino Unido, que foi noticiado no último dia 22, e aponta que as vacinas da Pfizer/BioNTech e de AstraZeneca/Oxford têm alto grau de eficácia contra a variante indiana do coronavírus. Segundo o estudo, as vacinas fornecem 81% de proteção contra a variante B.1.617.

De acordo com a agência, as vacinas também oferecem imunidade contra a variante inglesa. "A medida mais importante é vacinar a população e continuar as medidas de biossegurança", finaliza a pesquisadora.

No Brasil

O primeiro Estado a registrar casos foi o Maranhão, após seis pessoas terem testado positivo depois de desembarcarem do navio MV Shandong da Zhi.

São Paulo confirmou o primeiro caso da variação indiana nesta quarta-feira (26). Os Estados do Pará, Ceará e Rio de Janeiro e o Distrito Federal, investigam casos de Covid-19 com a variante da Índia.

Caso suspeito em MT

Em Mato Grosso, até o momento há um caso suspeito da variação que é investigado. Trata-se de um caminhoneiro que está internado em uma unidade hospitalar em Rondonópolis (a 216 km de Cuaibá). 

 

 
 

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