O menino indígena que estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Regional de Colíder, município a 648 km de Cuiabá, com sintomas de H1N1 (gripe A) não resistiu. Da etnia Panará, a criança tinha um ano e um mês e morreu na noite da última quarta-feira (23), depois de ter ficado oito dias internada. A confirmação da morte foi dada pelo Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena.
De acordo com a assistente social Maria das Graças Vieira, do Dsei de Colíder, o menino tinha feito teste para saber se estava com hantavírus ou com H1N1 (gripe A), porque os sintomas são parecidos.
O teste de hantavírus deu negativo, mas ainda falta o resultado da gripe A. O G1 tentou falar com a Vigilância Epidemiológica do município para saber quando o resultado deve ser liberado, mas ninguém atendeu as ligações.
O indígena havia sido transportado de avião para o Hospital Regional de Colíder no dia 15 de março e foi levado direto para a UTI. Após a morte, o corpo da criança foi levado de volta para a aldeia Nãsepotiti, onde mora a família, a aproximadamente 380 km de Colíder, já próximo da divisa de Mato Grosso com o Pará.
Segundo Maria das Graças, deverá ser dada medicação se mais alguém da aldeia apresentar os sintomas, o que ainda não teria ocorrido.