O Ministério da Saúde emitiu Nota Técnica nessa segunda-feira (1º.08) recomendando o uso de máscaras para mulheres grávidas, lactantes e com bebês recém-nascidos para prevenção contra a varíola dos macacos.
Segundo o documento, estudos sobre a varíola dos macacos em diversas localidades apontou que até o momento, são reconhecidos três grupos populacionais considerados de maior risco para formas graves da doença: crianças menores de 8 anos, pessoas imunossuprimidas (independente da causa) e gestantes [estão entre as prioridades para o diagnóstico laboratorial da infecção, visto que complicações oculares, encefalite e óbito são mais frequentes nestes grupos].
Na Nota Técnica, o Ministério afirma quando acometida em gestantes a varíola dos macacos tem maior índice de mortalidade, podendo também aumentar as chances de “abortamento espontâneo, morte fetal e parto pré-termo”.
“Sabe-se que o vírus pode atravessar a placenta e atingir o feto, levando à MPX [varíola dos macacos] congênita. Assim como em outras infecções virais, pode aumentar o risco de abortamento, óbito fetal, prematuridade e outras alterações ligadas ao acometimento fetal”, diz trecho da publicação.
No documento, a pasta alerta que grávidas infectadas com a doença e com sintomas devem ser hospitalizadas para diminuir os riscos da doença. Já aquelas assintomáticas, não há necessidade de hospitalização, devendo entrar em isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas [mesma medida se dá para gestantes com suspeitas da doença].
Ao final, o Ministério da Saúde recomendou uso de máscaras por parte das gestantes, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus; afastem-se de pessoas que apresentem sintomas suspeitos como febre e lesões de pelemucosa (erupção cutânea, que habitualmente afeta o rosto e as extremidades e evolui de máculas para pápulas, vesículas, pústulas e posteriormente crostas); usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal) uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente; estejam alertas para observar se sua parceria sexual apresenta alguma lesão na área genital e, se presente, não tenham contato; e procurem assistência médica, caso apresentem algum sintoma suspeito, para que se estabeleça diagnóstico clínico e, eventualmente, laboratorial.
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