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Saúde Terça-feira, 02 de Agosto de 2022, 08:45 - A | A

Terça-feira, 02 de Agosto de 2022, 08h:45 - A | A

grupo de risco

Ministério da Saúde recomenda uso de máscara contra varíola dos macacos para grávidas

Ministério afirma que grávidas estão no grupo de risco para infecção pela varíola dos macacos

Lucione Nazareth/VGN

O Ministério da Saúde emitiu Nota Técnica nessa segunda-feira (1º.08) recomendando o uso de máscaras para mulheres grávidas, lactantes e com bebês recém-nascidos para prevenção contra a varíola dos macacos.

Segundo o documento, estudos sobre a varíola dos macacos em diversas localidades apontou que até o momento, são reconhecidos três grupos populacionais considerados de maior risco para formas graves da doença: crianças menores de 8 anos, pessoas imunossuprimidas (independente da causa) e gestantes [estão entre as prioridades para o diagnóstico laboratorial da infecção, visto que complicações oculares, encefalite e óbito são mais frequentes nestes grupos].

Na Nota Técnica, o Ministério afirma quando acometida em gestantes a varíola dos macacos tem maior índice de mortalidade, podendo também aumentar as chances de “abortamento espontâneo, morte fetal e parto pré-termo”.

“Sabe-se que o vírus pode atravessar a placenta e atingir o feto, levando à MPX [varíola dos macacos] congênita. Assim como em outras infecções virais, pode aumentar o risco de abortamento, óbito fetal, prematuridade e outras alterações ligadas ao acometimento fetal”, diz trecho da publicação.

No documento, a pasta alerta que grávidas infectadas com a doença e com sintomas devem ser hospitalizadas para diminuir os riscos da doença. Já aquelas assintomáticas, não há necessidade de hospitalização, devendo entrar em isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas [mesma medida se dá para gestantes com suspeitas da doença].

Ao final, o Ministério da Saúde recomendou uso de máscaras por parte das gestantes, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus; afastem-se de pessoas que apresentem sintomas suspeitos como febre e lesões de pelemucosa (erupção cutânea, que habitualmente afeta o rosto e as extremidades e evolui de máculas para pápulas, vesículas, pústulas e posteriormente crostas); usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal) uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente; estejam alertas para observar se sua parceria sexual apresenta alguma lesão na área genital e, se presente, não tenham contato; e procurem assistência médica, caso apresentem algum sintoma suspeito, para que se estabeleça diagnóstico clínico e, eventualmente, laboratorial.  

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