As duas Farmácias Popular de Várzea Grande, localizadas no Centro da cidade e no Grande Cristo Rei, gerenciada pela Secretaria Municipal de Saúde, estão funcionando irregularmente, sem o alvará da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Os alvarás das Farmácias Popular do município estão cancelados, conforme Consta do Portal Oficial da Anvisa, consultada pela reportagem do VG Notícias. Confira documento final da matéria.
Sem o alvará da ANVISA, as Farmácias não podem comprar e nem vender medicamentos controlados, aqueles taxados de “tarja preta”. Por conta disso, há mais de um mês falta o remédio carbamazepina, um dos medicamentos mais procurados por pacientes portadores de epilepsia. O carbamezepina é usado em prevenção de episódios convulsivos na epilepsia, alívio de desvios comportamentais e emocionais no epiléptico. Doença bipolar (ou maníaco-depressiva) e síndrome de Abstinência alcoólica entre outras.
Segundo denúncia, instituições que atendem dependentes químicos também não conseguem comprar medicação controlada. De acordo com um dos donos de uma Clínica de recuperação de dependentes químicos de Várzea Grande, Geovane, foi informado por uma das farmacêuticas da Farmácia Popular, que não tem o medicamento e não há previsão para chegar. Ainda conforme o proprietário da Clínica, a farmacêutica informou que o alvará está vencido e que somente no próximo ano a Secretaria de Saúde pretende renovar. A explicação da farmacêutica, segundo ele, é que já está praticamente no final do ano – e se renovar agora, terá um custo, e no ano que vem tem que pagar outra vez.
A reportagem do VG Notícias procurou as farmacêuticas responsáveis pela Farmácia Popular do Centro, em três oportunidades e em nenhuma das vezes, conseguiu falar com uma delas, sempre estão em reunião fora do local de trabalho. Em contato com a Anvisa, a reportagem questionou a necessidade da presença da profissional na farmácia - e foi informada que ela precisa estar em expediente integral no local. Conforme Certidão de Regularidade, emitida pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de Mato Grosso, com validade até 31 de março de 2014, Glória Amanda Fernandes e Cristina Aparecida Doly são as profissionais contratadas pela Secretaria de Saúde, como responsáveis, pela Unidade.
No local apenas consta fixadas a certidão de regularização profissional das duas farmacêuticas, Glória Amanda Fernandes e Cristina Aparecida Dolys e o alvará do município, mas não consta o alvará da Anvisa como deveria.
Outro lado – Por três vezes consecutivas a reportagem do VG Notícias tentou falar com as farmacêuticas responsáveis pela Farmácia Popular, Glória Amanda Fernandes e Cristina Aparecida Dolys, porém, não foram encontradas no local. Conforme prevê a legislação, as farmacêuticas responsáveis devem se revezar no local para não deixá-lo sem responsável.
Já a secretária de saúde e primeira-dama do município, Jaqueline Guimarães, se recusou a falar com a reportagem do VG Notícias. Jaqueline também foi procurada por várias vezes na Secretaria e não foi encontrada. Na última oportunidade, quinta-feira (11.10), Jaqueline Guimarães estava na Secretaria de Assistência Social reunida com um promoter de eventos e o secretário adjunto de Comunicação e se recusou atender a imprensa para explicar o fato. Ela limitou-se a mandar recado pelo secretário adjunto, Fran Campelo que não iria atender e não se dignou a explicar o motivo. A preocupação da secretária de Saúde era apenas em oferecer “uns mimos” a dia da criança, enquanto que muitos pacientes estão a espera de medicamentos.
Programa do Governo Federal - O Governo Federal criou o Programa Farmácia Popular do Brasil para ampliar o acesso aos medicamentos para as doenças mais comuns entre os cidadãos. O Programa possui uma rede própria de Farmácias Populares e a parceria com farmácias e drogarias da rede privada, chamada de "Aqui tem Farmácia Popular".