O plano de saúde dos servidores do Estado, o MT Saúde, passará por modernização após os deputados aprovarem na Assembleia Legislativa o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a parte contábil e administrativa do plano. O relatório deve ser votado pelos deputados no mês de agosto.
Em entrevista nesta segunda-feira (29.07) ao Jornal da Manhã da TV Record, o secretário de Estado de Administração, Francisco Faiad, disse que após a aprovação do relatório da CPI pelos parlamentares, o Estado irá desenvolver um trabalho para modernizar e transformar o plano do MT Saúde, para melhor atender os servidores.
Ele relatou que um dos primeiros passos será a informatização do plano. “O MT Saúde não tinha um sistema informatização. As empresas que administravam o plano, no passado, usavam os próprios técnicos de informática para fazer um sistema de informação”, relatou Faiad.
Ainda segundo ele, o Estado deve encaminhar para a Assembleia Legislativa a modernização dos contratos dos servidores veiculados ao MT Saúde, alterando a forma de cobrança dos valores, deixando de ser percentual sobre salário e passando a ser por faixa etária.
“Vamos dividir o plano em 11 faixas, como é regulamentada nacionalmente pela Agência Nacional de Saúde. O plano será mais eficaz, alto sustentável e terá a confiabilidade dos servidores”, destacou Faiad.
Segundo informações, o MT Saúde deve voltar a operar normalmente no Estado e assim atender os servidores estaduais agora no mês de agosto.
Relatório MT Saúde - No relatório apresentado pelo deputado estadual, Emanuel Pinheiro (PR) – que foi relator da CPI -, foram apontados como causadores do desmantelamento do plano, o ex-presidente Ésio Smorcinski, Marcelo Marques dos Santos, João Enoque Caldeira da Silva e Washington Luiz Martins da Cruz – os três são sócios ligados a empresa Saúde Samaritano, que administrou o plano entre os anos de 2011 e 2012.
De acordo com o relator da CPI, as investigações apontaram a existência de falhas na parte administrativa e contábil do plano. No entanto, não apontou o rombo de mais de R$ 21 milhões do plano, o qual está relatado em um documento de auditoria do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE).
Após o relatório ser aprovado pelos deputados, será encaminhado ao Ministério Público do Estado (MPE) para que o órgão continue com a investigação.