Em dez anos, Cuiabá contabilizou mais de seis mil casos da Sífilis no município, uma média de 512 casos por ano, um patamar preocupante, diz a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica.
Conforme dados da coordenadoria, de 2011 a 2021, a cidade registrou o total de 6.691 casos desta patologia, sendo 4.868 do tipo adquirida, 1.295 em gestantes e 528 congênita e a maior probabilidade encontra-se em residentes entre 20 a 29 anos.
A gerente da Vigilância, Flávia Guimarães explica que trata-se de uma doença de baixo risco se for diagnosticada precocemente e os protocolos indicados para tratamento são de curto espaço de tempo.
_"O paciente pode ir até uma de nossas unidades de saúde e solicitar o teste, nos ajudando a alcançar o nosso objetivo que é a redução dos casos", disse.
Profilaxia e prevenção
A sífilis é uma enfermidade sistêmica causada pelo Treponema pallidum, uma bactéria Gram-negativa do grupo das espiroquetas. O modo de transmissão pode ser pelas vias sexual, vertical e sanguínea, sendo as duas primeiras as principais formas de transmissão.
Os testes encontram-se disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade, bem como a medicação recomendada para o tratamento. A doença pode ser contraída de três formas: a primeira é adquirida sem a utilização dos métodos de prevenção durante o ato sexual, a segunda em Gestantes, quando há disseminação pelos vasos sanguíneos e por último a Congênita, quando o bebê é infectado via placentária logo nos primeiros dias de vida.