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Política Segunda-feira, 10 de Março de 2014, 16:33 - A | A

Segunda-feira, 10 de Março de 2014, 16h:33 - A | A

Denúncia

Vereadores de VG recebem R$ 5 mil por mês para apoiar e votar favoráveis aos projetos de Walace Guimarães enviados ao Legislativo, afirma jornalista

"Anãozinhos" várzea-grandenses auxiliam prefeito Walace na RAPINAGEM aos cofres públicos! diz blog

Redação com Cacetão Cuiabano

Em matéria divulgada na tarde desta segunda-feira (10.03) no blog “Cacetão Cuiabano”, o jornalista Ely Santantonio denuncia que cada vereador de Várzea Grande recebe R$ 5 mil mensais para apoiar e votar favoráveis os projetos enviados pelo prefeito Walace Guimarães (PMDB) ao Legislativo.

Confira matéria na íntegra ou clique aqui para ler no Cacetão Cuiabano

"Anãozinhos" várzea-grandenses auxiliam prefeito Walace  na RAPINAGEM aos cofres públicos!

Relação Promíscua entre Câmara de VG e o Poder Executivo municipal é exposta depois da declaração de Waldir Bento à imprensa

"Dando nó" em pingo d´água nas castigadas terras de Couto Magalhães...

Os comentários sobre a relação promíscua entre o Legislativo e o Poder Executivo várzea-grandense sempre existiram – e recentemente, confirmada pelo ex-presidente da Câmara de Várzea Grande, Waldir Bento (PMDB), ao afirmar em entrevista ter sido chantageado - antes de ser afastado da Presidência da Casa, em outubro de 2013. As declarações de Waldir Bento foram feitas durante entrevista à Rádio Mix, no último dia 27 de fevereiro.

No entanto, por conta desta relação escusa entre os parlamentares – os vereadores da base aliada, que inclusive votaram em Waldir Bento para Presidência da Casa – se reuniram na quinta-feira (06.03) no gabinete do presidente para “lavar roupa suja” - e chegaram num consenso que Bento irá conceder uma coletiva para “remendar” as declarações e dizer que houve “mal entendido e dúbia interpretação” - e mais uma vez deve sobrar para imprensa – que “entendeu mal”.

Para entender melhor a relação entre Executivo e Legislativo várzea-grandense, o Cacetão Cuiabano ouviu alguns parlamentares e fontes ligadas aos dois poderes – para saber sobre esta relação “escusa” e como funciona o pagamento de “gratificação” a vereadores da base aliada do prefeito na Câmara.

Segundo fontes, os acordos entre os dois poderes sempre existiram e vão continuar existindo. O prefeito, para ter os projetos de leis do executivo aprovados precisa da maioria dos votos – por isso, tem que manter uma base aliada forte. “Por exemplo, as contas do prefeito para serem aprovadas têm que ter a maioria dos votos, se não tiver uma boa base de sustentação na Câmara, as contas são reprovadas. Qualquer problema mais sério que o prefeito tiver, e não contar com a maioria, pode até ser cassado como já vimos anteriormente nas gestões de Murilo e de Tião da Zaeli que foi obrigado a renunciar”, exemplificam.

Alguns parlamentares falam abertamente que recebem “por fora” do prefeito para se manter na base e, além disso, mantêm cargos na Prefeitura para os parentes, cabos eleitorais e outros apaninguados. O número de cargos e benefícios varia de acordo com o grau de importância de cada parlamentar. Tem vereador, por exemplo, que mantêm cargos, recebe “por fora” e ainda aluga veículos para o município. Outros só têm indicações e ainda no terceiro escalão. Os vereadores considerados classe “A” mais importantes – conquistam cargos para os familiares no segundo e terceiro escalão. Vários vereadores têm indicações assim. A reportagem não vai citar nomes até para não expor aqueles que contribuíram com a matéria.

Segundo fontes, a propina já recebeu vários “nomes”. Na época de Murilo Domingos (PR), o pagamento “por fora” era intitulado “Pacuzinho” numa menção ao projeto do republicano de jogar “pacuzinhos” no rio. Já na gestão de Zaeli, continuaram as fontes, passou a ser chamado de “mensalinho”, em referência ao “mensalão” dos deputados federais. Nesta gestão, o pagamento é intitulado “anãozinho”, em comparação a estatura do atual prefeito.

Questionado quem faz o pagamento e quando – as fontes revelaram que às nas gestões passadas, normalmente os secretários de Governo e ou líder do prefeito na Câmara. Nesta gestão não é diferente, disseram as fontes. “O líder do prefeito já fez o pagamento, uma pessoa de fora que já foi servidor da Casa também. Varia”.

Ainda segundo fontes, o pagamento, na atual gestão é feito sempre na segunda quinzena em diante e o valor é de R$ 5 mil. “Dois vereadores temos certeza que não recebem os anõezinhos, Madureira e Taborelli, os que estão participando da reunião todos recebem. Tem alguns que não foram convidados, mas que tem cargos na prefeitura”, revelaram.

“Para se ter uma ideia, nesta reunião (quinta-feira) com o presidente, eles disseram que a jornalista Edina Araújo já estava sabendo do pagamento. Então, todos sabem, mas nunca vão admitir, veja o que está acontecendo com os mensaleiros, estão presos. Por isso, Waldir vai dizer que é mentira para imprensa e vai tomar mais cuidado de agora em diante. Ficou muito ruim pra ele porque cada um sabe do rabo do outro e ainda vai ter que desmentir”, finalizaram as fontes, fazendo chacota do presidente da Casa de Leis.

Participaram da reunião na quinta-feira (06.03), os vereadores, Pedrinho (Solidariedade), Miguel Baracat (PT), Ivan do PT, Jânio Calistro (PMDB), Kalil Baracat (PMDB), Sumaia Almeida (Solidariedade), Joãozito (DEM), Mirian Pinheiro (PHS), Leonardo Mayer (PROS), Hilton Gusmão (PROS), Joaquim Antunes (PMDB), Nana (DEM).

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