A sessão da Câmara de Várzea Grande realizada nesta quarta-feira (27.03) foi marcada por alguns desentendimentos entre vereadores da base de oposição do prefeito Walace Guimarães (PMDB), contra os parlamentares da situação.
A discordância começou quando o vereador Claído Celestino – popular Ferrinho (PRB), questionou o colega de parlamento, Miguel Baracat (PT), sobre a motivação em realizar ações no bairro São Simão – local que ele (Ferrinho) reside, enquanto que no bairro Colinas Verdejantes, onde Miguel tem terrenos, não existem benfeitorias.
“O vereador tem área no bairro Colinas Verdejantes e lá não tem nada. Se tem uma rede de água e uma rede de energia naquele local é uma luta minha e ele continua vendendo lote naquela região. Ele deveria trabalhar em prol da área dele”, alfinetou Ferrinho.
Ferrinho revelou que o vereador petista tem um campo de futebol particular no bairro - e que o mesmo deveria doá-lo para a comunidade para que possa ser construída uma área de lazer, segundo ele, os moradores não têm nenhum local para passear e nem curtir momentos de lazer com a família no bairro.
“Gostaria que o senhor deixasse uma área lá para no futuro tivesse uma área de lazer, porque lá isso não existe. Gostaria que o senhor doasse um campo de futebol, que fosse vossa, pessoal para os moradores da região, porque assim como está acontecendo em muitas áreas o proprietário deixa o campo de futebol simplesmente para beneficiar lá na frente quando a área pega outro valor, eles vão e vende o terreno”, acusou Ferrinho.
Indignado com as declarações, Miguel disse que o colega de parlamento estava equivocado e que ele está falando uma situação que não tem conhecimento. “O bairro tem área verde, duas quadras foram invadidas e tem quatro áreas para ser usado pela Prefeitura para que possa ser construída área de lazer”, defendeu-se.
Quando a discussão ficou mais acalorada entre os parlamentares, o presidente da Câmara, vereador Waldir Bento – o Dr.Waldir (PMDB) interveio e pediu para os vereadores não usarem a tribuna da Casa para polemizar questões pessoais.
No entanto, após o fim da sessão, a discussão continuou nos corredores da Casa de Leis - e os vereadores quase chegaram as vias de fato - só não chegaram pela interferência do vereador Kalil Baracat (PMDB) e assessores que os afastaram.
Sumaia x Waldir – Outra discussão acalorada foi protagonizado entre o presidente da Câmara, Waldir Bento e Sumaia Leite (PRB). Sumaia “enquadrou” o presidente de acordo com o Regimento Interno, sobre o tempo para o vereador fazer suas explicações pessoais na tribuna.
Sumaia realizava sua explicação quando Waldir disse que teria acabado seu tempo. A parlamentar não gostou e foi para o ataque, afirmando que Dr. Waldir é rigoroso quando o assunto não interessa ao seu grupo – e citou como exemplo, o vereador Chico Curvo (PSD), que faz uso da palavra, excede o tempo e o presidente da Câmara não interfere.
Segundo ela, não vai mais permitir ter a fala cortada pelo presidente, sem antes concluir a linha de raciocínio ao fazer suas explicações pessoais ou em defesa de suas proposituras.
“O senhor só deixa as pessoas falarem o tempo determinado quando lhe convém escutar. O vereador Chico Curvo que faz parte da base do senhor, falou tanto que passou do tempo e o senhor não falou que tempo acabou e para mim o senhor disse antes dele ter acabado”, declarou a parlamentar.
Waldir garantiu a vereadora que o tempo de utilização da tribuna para explicações pessoais é igual para todos - negou favorecimento aos parlamentares de sua bancada e vetando os da oposição.
Após o fim da sessão, Sumaia declarou que a Câmara de Várzea Grande está igual o período da ditadura e que Waldir está conduzido de forma errônea os trabalhos na Casa.
“Senhor presidente, ficou aqui combinado que cada um teria cinco minutos para falar na tribuna, mas conforme o Regimento Interno são 10 minutos. Concordamos com cinco minutos, desde que tivéssemos o tempo respeitado igualmente, mas não é isso que vem ocorrendo. Por isso, mais uma vez, reforço a necessidade de duas sessões semanais. Assim cada parlamentar terá tempo suficiente para expor suas idéias, defender seus projetos e não cansar as pessoas que vem para a sessão. E com isso não haverá atropelamento por conta do horário e haverá mais transparência nas ações do legislativo”, finalizou a parlamentar.
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