A senadora Selma Arruda (PSL), reafirmou em entrevista ao Jornal Correio Braziliense, que foi extorquida várias vezes durante a campanha. “Durante a campanha, fui extorquida várias vezes. Numa delas, o sujeito que eu contratei para o marketing, me pediu para pagar um valor. Como eu não paguei, ele entrou com uma ação monitória. Eu sabia que ele estava aliado com os oponentes. Essa ação entrou no juízo cível. Vinte minutos depois, o advogado do meu opositor acessou o sistema e viu. No dia seguinte, ele entrou com uma ação dizendo que eu tinha feito caixa dois. Eu tenho plena consciência de que não fiz. Aliás, caixa dois não se faz com cheque nominal nem cheque na própria conta.” Clique Aqui e confira entrevista na íntegra.
A primeira revelação da senadora sobre a suposta extorsão foi feita por meio de uma live, na noite de 13 de dezembro de 2018, onde Selma afirmou ter sido extorquida três vezes. “Eu já fui três vezes extorquida por causa desta bagunça. Na primeira vez me pediu R$ 360 mil, na segunda R$ 600 mil e na terceira, me pediram cargos, pra me absolver neste processo no TRE, eu não cedo a chantagem, eu não cedo a extorsão, e vou continuar lutando, se a gente ceder uma vez a corrupção, ela entranha em você, e nunca mais sai de você”, acusou Selma Arruda.
A senadora é investigada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT) por suposto caixa dois e abuso de poder econômico, e a defesa de Selma entregou as alegações finais no decorrer desta semana – e a ação deve ser julgada ainda este mês. Falta apenas a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) entregar no decorrer da semana que se inicia, as alegações finais. A defesa do presidente do PSD estadual, Carlos Fávaro já entrou as alegações nesta semana.
Em dezembro quando a senadora revelou que havia sido extorquida, o presidente do TRE/MT, desembargador Márcio Vidal, acionou a Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral para investigar a veracidade das informações transmitidas pela senadora, por meio de live, em sua rede social, noticiado em primeira mão pelo oticias. No entanto, não há informação sobre a apuração dos fatos, tampouco, se a senadora foi ouvida pelos órgãos responsáveis pelas investigações.
Ao oticias a senadora disse que havia registrado Boletim de Ocorrência (BO) sobre as extorsões. No entanto, a reportagem do oticias revelou com exclusividade, que não há nenhum registro da senadora na Polícia Civil sobre as supostas extorsões.
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Outro lado – A reportagem do VG Notícias entrou em contato com a assessoria de imprensa da senadora, que retornou a ligação e disse que irá responder apenas por meio de nota, em horário comercial.
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